O presidente Donald Trump anunciou que pretende nomear Andrew Ferguson como presidente da Comissão de Comércio de Futuros de Commodities (CFTC) dos Estados Unidos.
Ferguson, conhecido por suas posições pró-cripto e alinhadas à visão “America First” de Trump, substituirá Lina Khan, que liderou a Federal Trade Commission (FTC) com uma postura firme contra monopólios e em defesa dos direitos dos consumidores.
Trump anunciou a decisão em sua rede social, Truth Social, destacando a experiência de Ferguson e sua oposição ao que chamou de “wokeismo” nas agências reguladoras.
“Andrew tem um histórico comprovado de enfrentar a censura das Big Techs e proteger a liberdade de expressão em nosso grande país”, escreveu Trump. “Ele será o presidente mais pró-innovação e focado na América que a CFTC já teve.”
Trump: uma nova direção para a regulação
Com um mandato até 2030, Ferguson planeja mudar drasticamente o foco da CFTC, alinhando-se às prioridades de Trump. Ele prometeu, por exemplo, promover inovações no setor financeiro, especialmente no mercado de criptomoedas. Além disso, pretende limitar o que chamou de “agenda anti-negócios” que predominou durante o governo Biden.
Entre as propostas de Ferguson está a revisão das restrições impostas a fusões e aquisições, uma das marcas da gestão de Lina Khan.
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A nomeação também reflete a crescente influência de bilionários como Elon Musk no cenário político americano. Musk, que investiu pesadamente na campanha de Trump, tem defendido uma regulação mais flexível para empresas de tecnologia.
Assim, Ferguson compartilha dessa visão, prometendo enfrentar iniciativas como boicotes publicitários e regulações voltadas para diversidade e inclusão, que considera prejudiciais ao ambiente de negócios.
O mercado de criptomoedas deve se beneficiar diretamente da liderança de Ferguson na CFTC. Analistas preveem uma abordagem mais favorável ao setor, com menos restrições para inovações e maior apoio a empresas que trabalham com ativos digitais.
Trump já havia se manifestado sobre o potencial das criptomoedas em impulsionar a economia e, com Ferguson no comando, espera-se que a CFTC promova regulações mais flexíveis para incentivar o crescimento do setor.
No entanto, críticos apontam que essa nova liderança pode enfraquecer a proteção ao consumidor e favorecer grandes corporações em detrimento da concorrência. Lina Khan, que liderou a FTC com foco em combater monopólios e promover transparência, alertou para os riscos de um retrocesso regulatório.