O volume total de operações com criptomoedas declaradas à Receita Federal do Brasil entre janeiro e setembro de 2024 somou R$ 247,8 bilhões. Isso representa um aumento de 24,2% em comparação com o mesmo período de 2023. Os dados são da Secretaria Especial da Receita Federal e saíram em seu relatório de dados abertos sobre criptoativos.
Em agosto de 2024, por exemplo, o volume de negociações de criptomoedas alcançou R$ 27,2 bilhões. Os destaque foram as stablecoins, que continuam dominando o mercado.
A USDT, stablecoin emitida pela Tether e atrelada ao valor do dólar, liderou as negociações no mês, movimentando R$ 16,4 bilhões. Em comparação, o Bitcoin (BTC) negociou R$ 5,2 bilhões, enquanto o Ether (ETH), segunda maior criptomoeda em valor de mercado, registrou um volume de R$ 1,2 bilhão. A USDC, outra stablecoin, movimentou R$ 1,1 bilhão.
Movimentação de criptomoedas no Brasil
Entre janeiro e setembro de 2024, a USDT acumulou um volume total de R$ 153,7 bilhões. Isso representa 62% do volume de todas as criptomoedas declaradas no Brasil. O domínio das stablecoins demonstra a preferência dos investidores por ativos com menor volatilidade, sobretudo em períodos de alta incerteza econômica e grandes flutuações de preço no mercado de criptos.
Contudo, desde que o Bitcoin alcançou sua máxima histórica em março de 2024, quando superou a marca de US$ 73 mil por unidade, o volume de transações com criptomoedas no Brasil tem caído. Em março, por exemplo, houve o maior volume mensal de operações, com um total de R$ 35,9 bilhões. Desde então, os valores transacionados mensalmente vêm diminuindo, acompanhados pela queda no número de pessoas físicas e jurídicas que declararam operações com criptos.
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Em novembro de 2023, o número de CPFs declarantes de operações com criptoativos chegou a 9,2 milhões, enquanto o de CNPJs alcançou 373 mil. Atualmente, esses números caíram para 4,9 milhões de CPFs e 21 mil CNPJs.
A maioria das transações é declarada por meio das exchanges de criptomoedas, que em agosto responderam por R$ 17,9 bilhões do volume total. Transações realizadas sem o uso de exchanges ou por corretoras no exterior somaram R$ 9,2 bilhões no mesmo período.