A plataforma de cursos e análises de investimentos TC (antiga TradersClub) realizou seu IPO nesta quarta-feira (28). A venda de ações movimentou R$ 609 milhões, enquanto seus papéis estrearam com forte alta de 15%, cotados a R$ 11,18.
Conforme adiantado pelo CriptoFácil, a companhia fixou o valor de R$ 9,50 por ação. Ou seja, próximo ao piso da faixa indicativa (entre R$ 9,00 e R$ 11,25). Os papéis, negociados sob o código TRAD3, superaram a faixa de R$ 10,00 logo na abertura do pregão.
Valuation bilionário e forte captação
Apesar do forte desempenho, o valor total captado foi inferior aos R$ 844 milhões que a TC tinha como objetivo inicial. Isto ocorreu porque as ações foram precificadas a um valor mais próximo da faixa indicativa.
No total, a TC vendeu cerca de 63,8 milhões de ações e, com isso, atingiu R$ 2,7 bilhões em valor de mercado. Da mesma forma que a captação, o valor de mercado ficou abaixo da meta estipulada pela empresa, que era de R$ 2,98 bilhões.
Dos R$ 609 milhões captados, cerca de R$ 365,4 milhões (60%) serão utilizados em futuras aquisições de participações societárias estratégias. Os outros R$ 243,6 milhões (40%) serão utilizados no marketing, bem como no desenvolvimento da plataforma.
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Evolução e lucratividade da plataforma
Criado em 2016 pelos sócios Pedro Albuquerque, Rafael Ferri e Israel Massa, a TC reúne notícias, pesquisa de ativos e um chat para investidores na plataforma. Além disso, a empresa fornece cursos introdutórios, de análise técnica e até produtos voltados para criptomoedas.
De acordo com o prospecto, a plataforma reúne 470 mil usuários, o que a coloca como uma das maiores da América Latina no segmento investimentos. Destes 75 mil são pagantes, ou seja, assinam algum plano da empresa.
Nesse sentido, as assinaturas são divididas em dois tipos. O primeiro são os planos TC, que, além da versão gratuita, oferecem serviços cujos preços variam de R$ 79,90 a R$ 1.490 por mês. Em segundo lugar há o TC Hub, no qual estão os relatórios de criptoativos. Aqui os preços variam entre R$ 149,90 e R$ 349,90 por mês.
Em 2020, a plataforma teve receita líquida de R$ 40 milhões, enquanto o Ebitda foi de R$ 18,8 milhões. No mesmo período, o lucro líquido da plataforma foi de R$ 13 milhões. A tendência de crescimento se manteve em 2021, com receitas líquidas da companhia crescendo 342,1% e atingindo R$ 14,5 milhões.
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