Com o Bitcoin (BTC) atingindo a sua máxima histórica acima de US$ 123 mil nesta segunda-feira (14), analistas da empresa de pesquisa e corretagem Bernstein disseram esperar um “longo e exaustivo mercado de alta“. Em outras palavras, o próximo ciclo de alta deve acabar apenas no início de 2026.
Além disso, a gestora reiterou sua última previsão de preço, afirmando que o Bitcoin chegará em US$ 200 mil. Isso significa que a criptomoeda pode se valorizar cerca de 40% até o final do ano.
No seu relatório, a Benstein afirmou que a recente alta do Bitcoin tem como base o mercado institucional. Ou seja, investidores que montam posições de longo prazo, em vez de apenas traders de varejo buscando preços mais altos. “Nossa convicção em blockchain e ativos digitais nunca foi tão alta”, escreveram os analistas.
O atual ciclo das criptomoedas se destaca por seu crescimento liderado por instituições e empresas. Por outro lado, a regulamentação está mais clara e os governos já consideram criar reservas de Bitcoin. Isso, de acordo com a Bernstein,é a principal mudança neste ciclo.
Para os analistas, as blockchains formarão um novo sistema financeiro nativo da internet, com as stablecoins já se aproximando de US$ 250 bilhões e ganhando uso antecipado em pagamentos internacionais. E a adoção de carteiras de criptomoedas, ainda em torno de 50 milhões, deve superar 100 milhões nos próximos cinco anos.
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Bernstein prevê ciclo até 2026
O Bitcoin, segundo a gestora, continuará a emergir como o ativo de reserva de moeda forte do mundo em meio a essa adoção institucional. Nesse sentido, os ETFs de Bitcoin agora detêm mais de US$ 150 bilhões em ativos sob gestão, liderados pelo IBIT da BlackRock, que tem US$ 84 bilhões.
Nos EUA, espera-se que a clareza regulatória acelere a adoção por meio das Leis GENIUS e CLARITY, continuaram os analistas. Isso posicionará empresas relacionadas a criptomoedas como Circle, Coinbase e Robinhood como principais participantes regulamentados: a Circle como líder regulamentada em stablecoins e a Coinbase e a Robinhood como plataformas de negociação.
A construção da gestão institucional de criptoativos já está em andamento, começando com ETFs de Bitcoin e Ethereum, provavelmente expandindo para fundos de Solana e outros tokens ativos. Uma previsão do relatório aponta que as 20 maiores criptomoedas em valor de mercado poderão ter ETFs nos próximos anos, caso a Lei CLARITY seja aprovada.
Ao mesmo tempo, espera-se que a tokenização de ativos financeiros — incluindo mercados monetários, ações, depósitos e crédito — possibilite um mercado de capitais totalmente on-chain com liquidação instantânea, 24 horas por dia, 7 dias por semana, e composibilidade, afirmaram.
Expansão das stablecoins
As stablecoins, já essenciais para pagamentos e remessas internacionais, devem se expandir para pagamentos tradicionais ao longo do tempo, à medida que as estruturas de distribuição e conformidade amadurecem, de acordo com Bernstein.
Por fim, essas tendências — tokenização, stablecoins e adoção mais ampla de blockchain — devem impulsionar o crescimento de redes como Ethereum e Solana, reforçando seus argumentos de investimento e impulsionando as receitas de negociação da Coinbase e da Robinhood.
“É fácil descartar o ciclo atual como mais um mercado de alta das criptomoedas (outro 2021). E vocês podem nos chamar de ‘crentes’, mas suspeitamos que talvez tenhamos ultrapassado o estágio da ‘crença'”, disse Chhugani. “Estamos vendo adoção prática e ampla integração com o sistema financeiro tradicional, respaldada por regulamentação. Vocês podem querer errar do lado da nossa crença desta vez.”