O token de governança AAVE, que alimenta o protocolo de mesmo nome, valorizou mais de 30% nas últimas 24 horas. De acordo com o CoinMarketCap, o AAVE chegou a superar os US$ 235 nas primeiras horas da quarta-feira (30).
Ao longo do dia o movimento perdeu força e a valorização do AAVE começou a reduzir. Mesmo assim, o token ainda opera com alta de 6,2% até às 15h, cotado em US$ 231. Na cotação em reais, cada AAVE vale cerca de R$ 1.100.
Como muitos outros protocolos de finanças descentralizadas (DeFi), o AAVE opera no campo de rendimentos com criptomoedas. Seu token dá aos detentores o direito de votar nas atualizações do protocolo e participar das medidas de governança.
Mas o que teria feito o token registrar tamanha valorização em pouco tempo? aparentemente foram três fatores que levaram a isso: novas atualizações, maior fluxo de capital e até mesmo o Brasil.
AAVE V3
Em primeiro lugar, a AAVE experimentou uma série de mudanças na última atualização do protocolo. Lançado em 16 de março e intitulado AAVE v3, o novo protocolo adicionou diversas novidades na AAVE. As principais delas foram:
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- capacidades de cadeia cruzada;
- soluções de escala em segunda camada;
- reduziu os custos de gás de interação com o mercado monetário.
A redução de custos tem um forte impacto, já que as taxas podem diminuir muito o rendimento dos usuários do protocolo. Já as soluções de segunda camada tem como objetivo aumentar a escalabilidade e permitir a realização de mais transações.
Maior entrada de capital
Uma segunda razão para o AAVE ter se valorizado tanto é a entrada de capital em seu protocolo. De acordo com o site DeFi Llama, o valor total bloqueado (TVL, na sigla em inglês) no protocolo AAVE aumentou 11,38% em termos de dólar.
Como resultado, o TVL total do AAVE é de US$ 22,93 bilhões, ou R$ 108,91 em valores atuais, tornando o AAVE o maior protocolo de DeFi neste setor. Em segundo lugar está a exchange descentralizada (DEX) Curve, com US $ 22,2 bilhões, seguida pela plataforma de staking Lido, com US $ 18,74 bilhões.
Quando o TVL aumenta, significa que a demanda por esses protocolos também cresce. Mais demanda significa mais procura pelo token do protocolo, que consequentemente ganha valor de mercado.
O Brasil
Por incrível que pareça, até o Brasil contribuiu para a alta no preço do AAVE. Neste caso, conforme noticiou o CriptoFácil, o protocolo foi um dos escolhidos pelo Banco Central do Brasil (Bacen) para a construção do futuro real digital.
No início de março, o Bacen divulgou uma lista de nove parceiros selecionados para elaborar a futura moeda. Além do AAVE, o banco Santander Brasil, a exchange Mercado Bitcoin, a Visa e outros foram selecionados.
Embora seja antiga, a notícia reverberou e contribuiu para a valorização do AAVE, que começou em 17 de março.
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