O famoso investidor de venture capital e Bitcoin, Tim Draper recentemente se encontrou com o presidente da Argentina, Mauricio Marci, e com o chefe de gabinete do governo argentino, Marcos Pena. Na ocasião, Draper teria aconselhado o presidente Macri a investir no Bitcoin.
Os relatórios afirmam que o Sr. Draper vestiu uma gravata com o logotipo do bitcoin durante toda a viagem a argentina. Draper descreveu a moeda digital como “uma transformação social” e “uma nova forma de moeda global“, em entrevista para a mídia local. Embora tenha admitido que “ainda há um longo caminho a percorrer” em relação às criptomoedas, Draper também afirmou que o bitcoin “já é uma parte valiosa da sociedade“, acrescentando que “se a moeda local entra em colapso, como já aconteceu aqui, quem quer que tenha bitcoins estará seguro.”
A mídia local afirmou que, durante uma reunião privada com Marcos Pena, o Sr. Draper informou que a tecnologia de livro-razão distribuída (DLT) pode ser usada como meio para “acabar com a burocracia“, descrevendo como ter o potencial de dar à Argentina uma vantagem competitiva em um tempo em que todos os governos estão competindo um com o outro. Draper usou o setor agrário como um exemplo, afirmando que a aplicação de novas tecnologias, incluindo bitcoin e blockchain, poderia tornar a Argentina “um líder mundial” na indústria.
Bitcoin continua a crescer na Argentina
A fama de Tim Draper no mundo da criptomoedas foi recentemente reforçada pela validação de suas previsões anteriores de que o preço do bitcoin entraria na fronteira dos cinco dígitos. Em setembro de 2014, o Sr. Draper disse à Fox Business que o bitcoin chegaria a 10 mil dólares em três anos – para o qual ele recebeu considerável ceticismo devido ao bitcoin, sendo avaliado em menos de 500 dólares. E a previsão acabou se concretizando (o preço do bitcoin no momento já supera os 11 mil dólares).
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Em julho de 2014, Draper foi o vencedor do leilão do US Marshals – órgão fiscalizador dos tribunais federais dos Estados Unidos – no qual foram leiloados quase 30 mil bitcoins que tinham sido confiscados do hoje extinto site de venda de drogas Silk Road.
Desde a sua criação, o bitcoin tem uma popularidade relativamente alta na Argentina, devido, em grande parte, aos desafios trazidos pela alta taxa de inflação na moeda nacional que atormentou o país há muitos anos, que chegou a ser superior a 40% apenas no ano passado. Esta semana o volume de negócios no Localbitcoins da Argentina viu estabelecer um novo recorde, quebrando o recorde anterior em mais de 40%.
O governo argentino parece não se preocupar com bitcoin, com relatórios que indicam que o vice-presidente do banco central da Argentina, Lucas Llach, afirmou que o banco central “não tem medo de bitcoin e do seu uso”, afirmação proferida em agosto. No final de outubro, revelou-se que o governo argentino está usando aplicativos de descentralização Opentimestamps baseados em bitcoin para registrar os tempos de publicação dos boletins oficiais diários. No mês passado, também foi anunciado que o maior mercado de futuros da Argentina, a Rofex, está explorando a introdução de produtos comerciais de criptomoedas. Esses fatores mostram que talvez Draper tenha razão: o presidente Macri deveria considerar a diversificação do seu portfólio na moeda.