A Tether, empresa emissora da maior stablecoin do mundo, a USDT, anunciou sua entrada oficial no setor de mineração de Bitcoin ao lançar o primeiro software do mercado que usa inteligência artificial (IA) no processo de mineração de BTC.
Chamado Moria, este software utiliza IA para oferecer suporte aos mineradores de Bitcoin, auxiliando-os na coleta e análise de dados cruciais sobre seu desempenho, consumo de energia e eficiência, entre outros detalhes essenciais.
O Moria atualmente está em fase Alpha de testes e é composto por mais de 40 módulos e serviços distintos. Segundo Paolo Ardoino, CTO da Tether, os módulos oferecem diferentes perspectivas para os mineradores.
“Cada um desses microsserviços é responsável por um tipo específico de container, versões e tipos de mineradores, pool, transformadores, sensores”, disse.
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Segundo ele, essa abordagem modular promete simplificar a gestão complexa de dados em pools de mineração de Bitcoin, onde milhares de dispositivos podem operar simultaneamente.
Tether investe na mineração de Bitcoin
Em setembro de 2023, a Tether anunciou um investimento substancial (embora os números oficiais não tenham sido divulgados) na empresa alemã Northern Data, especializada em desenvolvimento de IA, reforçando ainda mais seu compromisso com o aprimoramento da mineração de criptomoedas.
O Moria não se limita apenas a dispositivos de mineração, a solução também coleta dados relacionados à produção de energia. Paolo Ardoino observa que todo o gerenciamento das PDUs (unidades de distribuição de energia) e a interação com os mineradores (frequência, potência, etc.) podem ser controlados inteiramente a partir do software.
O CTO da Tether compartilhou uma prévia do que a nova plataforma Tether tem a oferecer. Durante a fase de testes atual, a conectividade com diferentes tipos de mineradores e contentores está sendo explorada, bem como a disponibilização de informações em tempo real que possibilita um controle detalhado e interativo de cada dispositivo com autenticação de várias assinaturas.
É importante destacar que as decisões relacionadas à operação dos equipamentos, descritas por Ardoino como “operações de gravação”, requerem a aprovação de várias assinaturas para serem válidas. Portanto, se várias contas gerenciam um conjunto de equipamentos de mineração, um número específico delas deve aprovar quaisquer alterações de configuração no Moria.
O desenvolvimento do Moria é liderado pela HolePunch, uma subsidiária da Tether especializada em soluções e ferramentas peer-to-peer (P2P). A HolePunch também é responsável pela criação do serviço de mensagens P2P Keet.