Em um comunicado veiculado nesta terça-feira (30), a Tether divulgou um relatório de garantia de que sua stablecoin USDT é totalmente lastreada. Ou seja, supostamente 1 USDT é lastreado por 1 dólar.
O levantamento realizado pelo escritório de contabilidade Moore Cayman é datado no dia 28 de fevereiro.
Segundo a Tether, os dados garantem respaldo e transparência da gestão com o mercado:
“Continuamos comprometidos em estar entre as stablecoins mais transparentes. Esta última opinião de garantia — e nossa dedicação em fornecer relatórios futuros — é um reflexo desse compromisso.”
Contudo, apesar das declarações sobre transparência, a Tether nunca confirmou o lastro de seus USDT emitidos.
Análise
De acordo com o relatório, em fevereiro, a empresa supostamente detinha quase US$ 35,3 bilhões em ativos.
Confira nossas sugestões de Pre-Sales para investir agora
Por sua vez, o montante passivo no mesmo período era de US$ 35,2 bilhões. Do passivo total, cerca de US$ 35,1 bilhões eram referentes à emissão de USDT.
Desta forma, Moore Cayman pontua que as reservas da Tether ultrapassaram o valor necessário para resgatar as stablecoins emitidas, e ressalta:
“Acreditamos que as evidências que obtivemos são suficientes e apropriadas para fornecer uma base razoável para nossa opinião de garantia.”
Falta de detalhes
Apesar da empresa frisar que o relatório entrega transparência, não houve descrições de como as reservas de USDT foram mantidas.
Em outro momento, meses atrás, este tópico já era sinalizado pelos críticos da companhia. Na divulgação dos relatórios de Tether Rival Centre, foi comunicado que os dólares eram mantidos em contas bancárias.
Quando questionado pelo The Block sobre o assunto, o conselheiro geral da Tether, Stuart Hoegner, reteve-se a comentar apenas sobre os dados serem analisados:
“Todos os nossos tokens são totalmente respaldados pelas reservas da Tether.”
O executivo também afirmou que a Tether “esclareceu o assunto há anos” e que mantém as reservas em dinheiro e seus equivalentes.
Relatórios
Segundo Hoegner, o procedimento adotado pela organização na averiguação é semelhante ao usado por outras empresas emissoras de stablecoins:
“Isso inclui o exame independente de, entre outras coisas, extratos bancários e de fundos. Além dos dados de blockchain, contagens de ouro, contratos e documentos financeiros e outros de trabalho obtidos por terceiros.”
Ainda em março, a Tether planeja emitir outro relatório de garantia. Além disso, a cada três meses, a empresa precisa fornecer dados sobre sua reserva à Procuradoria do Estado de Nova York (NYAG, sigla em inglês).
Os relatórios fazem parte do acordo estabelecido com a NYAG para finalizar o processo que a entidade movia contra a organização, por suposta manipulação de mercado.
Leia também: 5 melhores criptomoedas para comprar e lucrar em abril
Leia também: XRP acumulará alta de 670% em breve, diz famoso trader
Leia também: Primo Rico dá uma de Elon Musk e fala sobre “Dogecoin brasileira” no Twitter