A Da Vince Capital abriu um processo contra o Telegram requerendo a devolução de valores investidos em tokens GRAM, da rede TON. O sócio-gerente da gestora explicou que a ação é uma resposta à proposta equivocada feita pelo aplicativo.
Segundo Oleg Jelezko, o fundo da empresa só recebeu 24 horas para analisar a oferta. À época, os investidores concordaram em comprar mais de US$ 72,1 milhões do token nativo da Telegram Open Network (TON).
Processo em andamento
Em fevereiro, a Da Vince Capital solicitou ao Telegram a devolução do investimento feito em projeto malsucedido de blockchain.
No entanto, Jelezko informou que os executivos do aplicativo agiram de forma incorreta ao fazer uma proposta.
“Nosso fundo recebeu uma oferta cerca de 24 horas antes do prazo. Muitos de nossos investidores simplesmente não tiveram a oportunidade de analisar os documentos e, portanto, obter um retorno adequado dos investimentos realizados”, disse.
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Além disso, o executivo lembrou que depois que a Comissão de Valores Mobiliários dos Estados Unidos (SEC, sigla em inglês) proibiu o lançamento da TON, o Telegram enviou comunicados conflitantes.
“Houve muitos momentos de comunicação desencontrada. Foi difícil para os investidores tomarem a decisão certa sobre receber o dinheiro de volta ou convertê-lo em crédito.”
Em meio a este cenário, a Da Vince Capital resolveu abrir um processo em Londres contra o Telegram.
Segundo uma fonte próxima ao Telegram, os investidores solicitaram um reembolso de US$ 20 milhões, cerca de R$ 106,4 milhões. Contudo, executivos do aplicativo estariam pouco inclinados em aceitar essa reivindicação.
Relembre o caso
Em 2018, o Telegram negociou cerca de US$ 1,7 bilhão em tokens GRAM, ativo digital da TON. À época, o fundo de investidores da Da Vince Capital concordou em comprar US$ 72,1 milhões em GRAM, realizando o pagamento de US$ 45,4 milhões.
Contudo, a SEC embarreirou o projeto na véspera do seu lançamento em 2019, dando início a uma batalha judicial. Até que em maio de 2020, Pavel Durov, CEO do Telegram, anunciou a desistência do projeto.
Além da gestora, outros importantes empresários, como o bilionário Roman Abramovich e Sergey Solonin investiram na TON.
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