Há dois anos muitos players importantes do mercado previam que uma carreira de consultor de blockchain seria uma das mais cobiçadas no mercado nacional. Na época, Jochen Mielke Lima, diretor de sistemas da B3, afirmava que o interesse pelo tema era enorme e que todos queriam entender o que era a tecnologia e como aplicá-la nos negócios.
Hoje, anos depois, parece que as palavras de Lima ganham cada vez mais sentido, e as imensas possibilidades, desafios e limitações da tecnologia blockchain têm movimentado um importante mercado no Brasil, para além da variação dos preços e dos projetos que vem surgindo. Cada vez mais empresas e organizações estão contratando especialistas em blockchain, entretanto, para estes cargos, não é necessário apenas ser um expert na tecnologia, mas sim também saber programar e ter um conhecimento aprofundado de todas as suas nuances.
Como mostrou uma reportagem do Criptomoedas Fácil, segundo dados do AngelList, um site que divulga vagas de empregos de startups, o número de novos empregos relacionados às criptomoedas duplicou em quase seis meses, mesmo com o cenário de queda nos preços dos ativos digitais. Só em um site, há mais de 20 vagas em aberto para desenvolvedores de blockchain o Brasil, algumas inclusive estão no ar há mais de 30 dias sem encontrar nenhum candidato.
A mesma conclusão chegou a reportagem da Folha de São Paulo, que encaixou os empregos relacionados a indústria cripto/blockchain como novas profissões que despontam no Brasil, assim como carreiras relacionadas a robótica, inteligência artificial, fazendeiro urbano, cuidador de idosos, entre outras.
“Aqui optamos por contratar e formar na casa, pois não encontramos pessoas com a formação que precisávamos”, diz Nathalia Nicoletti, cofundadora da A Star Labs, empresa especializada em blockchain.
Atento à esta demanda, instituições como a Blockchain Academy estão oferecendo diversos cursos de aperfeiçoamento na área. “Somos um projeto educativo focado no desenvolvimento e formação de um ecossistema inovador de empreendedores, novos modelos de negócios e iniciativas utilizando plataformas do tipo blockchain”, afirma a instituição. Como mostrou o Criptomoedas Fácil, instituições como a FGV receberam, recentemente, incentivo da Ripple, justamente para promover a adoção e educar novos profissionais área.
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Atualmente no Linkedin, existem mais de 1 mil empregos relacionados a área cripto/blockchain, e mais de 10 mil pessoas listam, entre sua habilidades, o conhecimento neste universo, um número importante e, como afirma Josh Graff, um dos gerentes da plataforma:
“Profissionais em áreas relacionadas, como criptografia, podem querer olhar para as vagas disponíveis e as habilidades que precisam desenvolver, pois certamente há uma demanda crescente nas indústrias de tecnologia, finanças e seguros para a experiência em blockchain.”