Pirâmides financeiras, ofertas de mercado forex e golpes “camuflados” de Marketing Multi Nivel (MMN), além dos clássicos esquemas que usam Bitcoin e criptomoedas para ludibriar clientes, podem ser responsáveis por um recorde nada positivo para o Brasil, segundo o superintendente de Proteção e Orientação aos Investidores da Comissão de Valores Mobiliários do Brasil (CVM) José Alexandre Vasco.
De acordo com Vasco, em reportagem da Gazeta do Povo, “houve um crescimento importante na quantidade de ofertas irregulares e atuações irregulares nos últimos quatro anos. Em alguns casos, há falta de informação por parte dos agentes. Quando notificados pela CVM, eles buscam se regularizar ou cancelam suas operações. Mas a maior parte dos casos é de golpes financeiros” diz.
O superintendente ressalta que a CVM prevê bater neste ano o recorde de processos administrativos de investigação. Em 2018, a CVM abriu 105 processos administrativos. Neste ano, a previsão é de que o número chegue a 250. A quantidade de denúncias – boa parte delas recebida a partir de relatos de vítimas que procuram a CVM depois de sofrerem prejuízos – saltou de meros 47 em 2015 para 143 no ano passado. Um aumento de 204% em três anos.
Como mostrou o CriptoFácil, a CVM publicou recentemente uma nova página para orientar os investidores e, somente neste ano, já emitiu alertas sobre a atuação de diversas empresas, entre elas FX Trading, Unick Forex e Zero 10 Club que, segundo a autarquia, ofereciam ofertas irregulares baseadas em criptomoedas.
Atualização – 02/10/2019 às 10:27
A assessoria de imprensa da Zero10 Club entrou em contato com a equipe de reportagem do CriptoFácil e enviou a seguinte nota:
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“De acordo com a reportagem que cita o programa Zero10, informamos, como já explicado anteriormente, que a plataforma Zero.10 Club encerrou as suas atividades há meses em respeito a recomendações da CVM. Logo, nada pesa contra ela no âmbito da autarquia federal e, por esse motivo a informação está incompleta sobre a menção do programa, que não existe mais.”
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