A Strategy retomou suas compras de Bitcoin (BTC) apenas uma semana após interrompê-las. Nesta segunda-feira (24), a companhia anunciou a aquisição de 20.365 BTC a um custo total de US$ 1,99 bilhão. O anúncio foi feito por Michael Saylor, fundador e atual presidente da Strategy. Trata-se da maior compra de BTC do ano pela Strategy.
Esta aquisição ocorreu apenas cinco dias após a empresa levantar US$ 2 bilhões em uma nova oferta de ações. A oferta de notas conversíveis com vencimento para 2030 tem por objetivo captar mais dinheiro para incluir BTC nas reservas da empresa.
Além da compra, Saylor também afirmou que a empresa chegou a um rendimento anual de 6,9% com todo o seu caixa de BTC. Com a aquisição, a companha chegou a marca de 499.096 BTC sob custódia a um custo de aquisição total de US$ 33,1 bilhões. O preço médio da empresa é de US$ 66.357 por Bitcoin.
Apesar da compra, as ações da empresa operam em queda de 2,4% no pregão dos Estados Unidos. O preço dos papéis é de US$ 291,90, representando uma queda de 2,78% no acumulado de 2025.
Strategy compra US$ 2 bilhões em Bitcoin
Depois de fazer a sua oferta de ações, o lucro líquido da Strategy na operação totalizou aproximadamente US$ 1,99 bilhão. O valor-alvo era de US$ 2 bilhões, o que significa que a empresa conseguiu vender tudo.
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A empresa declarou que os fundos seriam usados para fins corporativos gerais, incluindo a aquisição de mais Bitcoin. Só que, aparentemente, todo o dinheiro serviu para aumentar o caixa de BTC da empresa.
Os investidores puderam comprar as novas notas a partir de US$ 1.000 por unidade. De acordo com o regulamento da oferta, eles poderão resgatar o valor em troca de 2,3072 ações ordinárias Classe A da Strategy. Ou seja, um total de US$ 433,43 por ação – quase o dobro do valor dos papéis atualmente.
Além disso, a oferta incluiu uma opção para os compradores iniciais comprarem US$ 300 milhões extras em notas, disponíveis até 27 de fevereiro de 2025.
Bitcoin (BTC) Holdings Perto de 500.000 BTC
Com a nova compra, o caixa da empresa atingiu 499.096 BTC, comprados por cerca de US$ 33,1 bilhões. O preço médio de aquisição, incluindo taxas e despesas, é de aproximadamente US$ 66.357 por Bitcoin.
Dessa forma, a Strategy continua sendo a maior detentora corporativa de Bitcoin. Ela possui mais BTC do que as outras nove companhias seguintes a ela somadas, segundo o Bitcoin Treasuries.
Apesar da compra de BTC, a Strategy anunciou que não vendeu nenhuma ação sob seu programa de oferta de ações no mercado (ATM) entre 18 e 23 de fevereiro de 2025. Em vez disso, a empresa optou por emitir dívida conversível em ações, oferecendo juros zero.
Esta decisão está alinhada com o “Plano 21/21” da empresa, que segue em andamento. O plano visa levantar US$ 42 bilhões em três anos por meio de uma combinação de títulos de renda fixa e emissão de ações. Até o fechamento desta matéria, a Strategy garantiu US$ 22 bilhões para essa meta.
SEC e Saylor
Na última sexta-feira (21), Michael Saylor teve um encontro com a cúpula da Comissão de Valores Mobiliários dos Estados Unidos, a SEC. Conforme a minuta da reunião, o principal assunto foi a criação de um marco regulatório para ativos digitais.
Saylor publicou os detalhes sobre o encontro em seu site. A minuta afirma que um dos objetivos foi criar uma regulamentação que traga segurança aos ativos digitais. No entanto, Saylor enfatizou a criação de regras simples e que facilitem a inovação.
Um dos principais pontos discutidos foi a taxonomia dos ativos digitais, estabelecendo uma estrutura que diferencie claramente os diversos tipos de criptoativos. Entre essas classificações está a de “commodity digital”, na qual se encaixaria ativos como o Bitcoin. Mas outros tokens e até NFTs estão incluídos nessas classificações.
Por fim, Saylor colocou quatro diretrizes que ajudariam os EUA a se tornar uma potência no mercado de ativos digitais:
- O dólar como Moeda Digital de Reserva Global: aumentar os mercados de moeda digital de US$ 25
bilhões para US$ 10 trilhões, criando uma demanda massiva por títulos do Tesouro dos EUA; - Crescimento do capital digital: expandir os mercados globais de capital digital de US$ 2 trilhões para US$ 280
trilhões. Nesse cenário, os investidores dos EUA capturam a maioria dessa riqueza; - Liderança em Ativos Digitais: impulsionar o crescimento em ativos digitais (além do Bitcoin) de US$ 1
trilhão para US$ 590 trilhões, com os Estados Unidos dominando essa indústria; - Reserva Estratégica de Bitcoin: criar uma reserva de Bitcoin capaz de acumular entre US$ 16 trilhões e 81 trilhões em riqueza para o Tesouro dos EUA, fornecendo um caminho para compensar a dívida nacional.
