De acordo com uma reportagem do Jornal Valor Econômico feita na última sexta-feira, 02 de agosto, uma Organização Social Sem Fins Lucrativos (ONG) denominada Instituto Alinha tem o objetivo de combater o trabalho escravo no Brasil utilizando a tecnologia blockchain.
Para conquistar esse objetivo, o Instituto Alinha lançou o projeto Tag Alinha, que pretende mapear a cadeia de confecção de uma peça de roupa. A fundadora do Instituto Dariele Jamile dos Santos disse na reportagem que:
“Nosso foco é a enorme quantidade de oficinas ilegais, invisíveis e precárias, no setor da moda.”
Segundo a fundadora do projeto, seu foco são nas confecções de pequeno e médio porte pois elas representam cerca de 76% da produção de moda no país, além de ser a parte que mais tem denúncias sobre trabalho escravo.
Para as empresas que desejam verificar ser a roupa não tem nenhum trabalho escravo envolvido antes de comprá-la, é necessário pagar uma taxa que varia de R$420 (por seis meses) a R$600 (por um ano) e, na plataforma, poderá verificar se a empresa tem o selo da Anima, o que certifica que a produção não usa trabalho escravo. Além do selo, a plataforma ainda terá relatos dos costureiros, tal como quanto recebem, as condições de trabalho e outras informações, e isso tudo acontecerá graças à tecnologia blockchain.
Confira nossas sugestões de Pre-Sales para investir agora
Os costureiros terão acesso pelo celular para fazer relatos e compartilhar suas experiências e com isso, eles vão indicando cada etapa, como por exemplo quem cortou, quem costurou e quanto cada um recebeu.
“A transparência, a descentralização e a assinatura digital tornam tudo confiável. Nosso objetivo é gerar impacto positivo na vida desses trabalhadores.”
A fundadora ainda disse que o projeto foi pensando pois, no Brasil, ainda exitem diversas confecções que praticam jornadas de trabalho de 15 horas e que o salário varia entre R$3 e R$4 por hora, sendo que, o piso da categoria é de R$32 por hora.
Essa não é a primeira vez que a tecnologia blockchain e a indústria da moda se unem. Em julho, o gerente da Fundação C&A afirmou que a blockchain é o caminho para a sustentabilidade.
Leia também: Ceará abrigará mega-projeto de Polo Multimodal com tokens, blockchain e STO