Na segunda-feira (02) o mercado de stablecoins superou pela primeira vez a marca de US$ 250 bilhões. De acordo com dados do CoinGecko, esse novo patamar reforça a confiança e a adoção destes ativos que ocupam um papel central no ecossistema cripto e nas finanças tradicionais.
De acordo com os dados, US$ 245,5 bilhões do total vêm de stablecoins atreladas ao dólar americano. A liderança continua com a Tether (USDT), que sozinha responde por US$ 153 bilhões em capitalização, seguido pela USDC, da Circle, com US$ 60,9 bilhões.
De acordo com Hank Huang, CEO da Kronos Research, essa virada de chave representa o fim de um ciclo de testes.
“Ultrapassar US$ 250 bilhões marca um ponto de inflexão. Stablecoins não são mais experimentais, agora são essenciais”, afirmou Huang.
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Stablecoins em crescimento
Conforme destacou Huang, dois fatores principais explicam esse salto: clareza regulatória e a crescente adoção do DeFi (finanças descentralizadas). Ele aponta que a nova proposta de regulação americana, chamada de GENIUS Act, avança no Senado e define regras claras para stablecoins. Entre os pontos, o projeto exige lastro integral em dólares ou ativos líquidos, além de auditorias anuais para emissores com mais de US$ 50 bilhões.
Além disso, o movimento de regulação também ganhou força fora dos EUA. Hong Kong, por exemplo, aprovou sua própria legislação sobre stablecoins em maio, exigindo licenças para emissores que operam com moedas fiduciárias atreladas ao valor de ativos estáveis.
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“Esse ambiente mais previsível atraiu grandes bancos. Instituições como JPMorgan, Bank of America, CitiGroup e Wells Fargo agora avaliam o lançamento de uma stablecoin conjunta, de olho nesse mercado cada vez mais estratégico”, disse.
Ao mesmo tempo, o setor de DeFi também disparou. De acordo com dados do DeFiLlama, o valor total travado em protocolos descentralizados já ultrapassa US$ 113 bilhões. Só no mês passado, as DEXs atingiram 25% do volume global de negociações à vista – um recorde histórico que mostra a mudança de paradigma nas finanças digitais.
Para Huang, o setor ainda tem muito espaço para crescer. Ele projeta que o mercado de stablecoins pode dobrar até 2026, com novos emissores ganhando espaço ao lado de gigantes como USDT e USDC. Entre eles, surgem opções como a stablecoin pró-Trump USD1 e até versões lançadas diretamente por grandes bancos comerciais.
