A tecnologia blockchain tem ganhado cada vez mais espaço no setor empresarial, já é apontada como novo “padrão” de diversas indústrias e, aliada à internet das coisas (IoT) e inteligência artificial (IA), deve formar a tríade “base” para tão falada revolução 4.0.
Segundo Ricardo Vilanova, sócio da gigante de auditoria Ernet & Young, (EY), no âmbito da tecnologia da informação, uma das ondas com maior poder transformacional é a convergência destas três tecnologias, abrindo caminho para novas proposições de valor, novas indústrias e novos modelos de negócio.
“A convergência é uma tendência e é brutal”, disse Vilanova ao jornal Valor Econômico.
Estudos apontam que, até 2030, mais de 500 bilhões de equipamentos estarão conectados à IoT gerando fluxos de dados que, com IA, devem ser transformados em informações inteligentes, identificado padrões, “prevendo” acontecimentos, entre outros. No entanto, a segurança e veracidade destes dados ainda freia o seu desenvolvimento e é aí que entra a blockchain, para ajudar a solucionar essas questões, atuando como elemento de certificação, rastreamento e segurança dos dados.
Vilanova destaca que “informações de IoT podem ser mal utilizadas ou adulteradas. Mas quando vinculadas à blockchain, esses riscos diminuem drasticamente”. Ele menciona, como exemplo prático, frotas de caminhões equipados com dispositivos IoT que alimentam blockchain com dados diversos, como incidência de temporais, acidentes, assaltos, congestionamentos e gastos com combustíveis. O aprendizado de máquina analisa o histórico de dados e pode indicar, por exemplo, qual a melhor rota para transportar determinada carga do ponto A ao B, em determinada época do ano.
“Com esse tipo de informação, a empresa aumenta a eficiência de sua logística”, finaliza.