Temendo bloqueios judiciais, o sobrinho do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), Léo Índio, está tentando arrecadar Bitcoins para financiar o ato de 7 de setembro pró-Bolsonaro.
Nas redes sociais, Leonardo Rodrigues de Jesus vem divulgando o endereço de uma carteira de BTC para levantar dinheiro para as manifestações.
De acordo com uma reportagem do UOL, entre os dias 15 e 30 de agosto, ele divulgou 11 vezes a chave Pix do motorista de aplicativo Rafael Moreno. Ele é apoiador de Bolsonaro e defensor da monarquia no Brasil.
Contudo, alegando que o Supremo bloqueou os Pix, em 23 de agosto, Índio passou a divulgar a aceitação de Bitcoin:
“O supremo togado, cabeça de ovo, está mandando bloquear os PIXs que arrecadam para o dia 7 de setembro [sic]! Por enquanto a chave PIX [email protected] está funcionando. Mas caso tenha problemas, criamos essa nova forma de contribuição! Envie um PIX com qualquer valor para [email protected] ou envie Bitcoins! Mais importante que contribuir financeiramente é ter sua presença e divulgação do 7 de setembro!”, disse ele no Instagram.
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Ao UOL, Índio disse que apenas divulga os sistemas de arrecadação, mas não cuida propriamente da arrecadação. Conforme destacou, o método de pagamento em bancos e via Bitcoins são de responsabilidade de Moreno.
Até o momento da publicação desta matéria, o endereço compartilhado por Índio não havia recebido nenhuma contribuição em Bitcoin.
STF bloqueou chave Pix em razão de ato antidemocrático
Vale destacar que, em 20 de agosto, o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, bloqueou, a pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR), uma chave Pix que estaria sendo usada para receber doações.
As alegações são de que o ato pró-Bolsonaro tem cunho antidemocrático e prega a invasão do STF e do Senado.
O caminhoneiro Marcos Gomes, conhecido como Zé Trovão, um dos articuladores do movimento, disse na segunda-feira (30), que “a pauta principal” do protesto é retirar os 11 ministros do STF.
“Todos estão em busca do mesmo ideal: impeachment dos 11 ministros”, afirmou num canal de Telegram.
Já Leo Índio disse ao UOL que, diferentemente de Gomes, não defende o ataque aos integrantes da Corte.
“Eu apoio a harmonia entre os Poderes”, afirmou ele.
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