A Justiça Federal do Paraná condenou Francisley Valdevino da Silva, conhecido como “Sheik dos Bitcoins”, a 56 anos e quatro meses de prisão em regime fechado. Ele foi acusado de liderar um esquema de pirâmide financeira que movimentou mais de R$ 4 bilhões entre 2018 e 2022.
O golpe fez cerca de 15 mil vítimas. O Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF4) divulgou a sentença nesta sexta-feira (11).
O esquema do Sheik dos Bitcoins envolvia a promessa de retornos elevados a partir de investimentos em criptomoedas. O golpe atraiu uma grande quantidade de vítimas, incluindo a filha da apresentadora Xuxa, Sasha Meneghel.
De acordo com as investigações da Polícia Federal (PF), Francisley convencia as pessoas a aplicarem suas economias em uma de suas empresas. Ele alegava que os lucros advinham de operações com Bitcoin e outras criptomoedas. No entanto, ele usava os valores captados para financiar uma vida de luxo, com a compra de imóveis de alto padrão, carros importados, aviões e joias.
Sheik dos Bitcoins recebe sentença
A Justiça determinou o uso dos bens e valores apreendidos para o ressarcimento das vítimas. Afinal, muitas delas perderam tudo o que haviam conquistado ao longo de suas vidas para investir no esquema.
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Conforme afirmou o juiz federal Nivaldo Brunoni, o réu desrespeitou as pessoas que confiaram nele. Além disso, ele observou que diversas vítimas chegaram a convencer amigos e familiares a investir no esquema.
Além de Francisley, outras cinco pessoas também receberam condenações por envolvimento no golpe. As penas desses acusados variam entre 11 e 48 anos de prisão, dependendo dos crimes praticados. Todos participaram ativamente na criação e manutenção de mais de 80 empresas, usadas para aplicar os golpes. Quando uma dessas empresas deixava de cumprir os acordos, era fechada, e os prejuízos para os investidores eram enormes.
O Sheik dos Bitcoins já estava preso desde o início de agosto, após ter descumprido medidas judiciais e cometido fraudes mesmo durante o julgamento. Ele não poderá recorrer em liberdade, e o processo segue com a expectativa de que mais detalhes sobre os esquemas venham à tona à medida que novas vítimas se apresentem.