Chegamos ao quarto episódio da Série Mercado P2P Brasileiro. Esse conteúdo, exclusivo do Criptomoedas Fácil, tem como objetivo mostrar o ponto de vista de alguns dos principais vendedores do mercado P2P nacional. Os três episódios anteriores podem ser conferidos aqui, aqui e aqui.
Hoje batemos um papo com Murilo Valadares, baiano que atua no mercado desde 2016 e é um dos grandes representantes da região Nordeste no universo das criptomoedas brasileiro. Direto da Bahia, o bacharel em Direito nos conta mais detalhes de como iniciou sua trajetória neste mercado.
Criptomoedas Fácil: Olá, Murilo. Quando você conheceu o Bitcoin e como entrou neste universo?
Murilo Valadares: Conheci o Bitcoin no fim de 2015. Minha primeira compra foi em novembro de 2015 – a cotação em reais era R$1.800,00 na época. Entrei graças ao meu cunhado e um amigo dele, que me deram todo o suporte inicial.
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CF: Há quanto tempo você atua como P2P?
MV: Atuo como P2P há quase dois anos.
CF: Como você avalia o mercado de venda P2P neste primeiro semestre de 2018? Como a queda de preço vivenciada no primeiro semestre deste ano impactou suas negociações?
MV: O mercado de vendas pequenas (varejo) diminuiu muito. Creio que o desaquecimento do mercado de criptomoedas no geral influenciou essa queda. Hoje são menos transações comparado ao segundo semestre de 2017, porém o mercado de OTC (atacado) cresceu muito em 2018.
CF: Um recente artigo avaliou a performance do mercado P2P através da ferramenta Localbitcoins. A conclusão tirada foi de que o mercado P2P tem aumentado em volume na América Latina, especialmente no Brasil, na Argentina e na Venezuela. Você sente que isso refletiu em suas negociações?
MV: O Bitcoin vem se popularizando muito como meio de remessas internacionais e creio que esse aumento de volume reflita isso.
CF: Você sabe dizer se em 2018 o seu volume de negociações foi maior para novos clientes ou para clientes já fidelizados?
MV: Como o mercado deu uma desaquecida forte, hoje é raro aparecerem novos clientes. Geralmente atendo os clientes antigos/fidelizados.
CF: Qual a maior dificuldade que você considera ao negociar com novos entrantes no mercado?
MV: Hoje o mercado tem muita gente aproveitadora, daí, infelizmente por questões de segurança, é necessário fazer um compliance mínimo na primeira transação.
CF: Você sabe dizer para qual finalidade a maioria dos seus clientes compra criptomoedas? (para investir, para fazer pagamentos, etc)
MV: A grande maioria é para investimento.
CF: Além do Bitcoin, seus clientes também buscam outras criptomoedas? Quais?
MV: Bitcoin, Litecoin, Eth, são as mais populares nas procuras.
CF: Você oferece mais algum serviço além da venda de criptomoedas?
MV: Eu pago boletos também, o que não deixa de ser uma forma de compra e venda. Também dou toda ajuda aos novatos de como criar wallet, dicas e etc.
CF: Como você acredita que as OTCs (mesas de negociação) podem influenciar em suas negociações?
MV: Hoje as maiorias dos P2P fazem OTC, então não acho que isso (OTC) terá tanta influência.
CF: A maioria dos clientes são pessoas físicas ou jurídicas?
MV: Atualmente está em 50% pra cada lado.
CF: Qual o preço de referência que você utiliza para dar a cotação do Bitcoin e de possíveis outras criptomoedas?
MV: Eu acabo me baseando em diversas corretoras, e consigo ter um preço bastante competitivo e atrativo. E vendo todas as altcoins também.