O Criptomoedas Fácil tem o prazer de apresentar aos seus leitores mais uma série especial relacionada ao mercado brasileiro de criptomoedas (a última foi “Mulheres na Blockchain”, para homenagear o mês da mulher). A Série Exchanges Brasileiras tem o intuito de mostrar um breve perfil de algumas das principais corretoras de criptomoedas brasileiras.
As exchanges são partes importantes no mercado dos criptoativos. Neste primeiro capítulo da série falamos com a FoxBit. Confira:
Perfil FoxBit
A exchange surgiu no final de 2014. Segundo Luís Augusto Schiavon, co-fundador da empresa e quem cedeu entrevista ao Criptomoedas Fácil, a ideia de criar uma exchange veio da experiência deles como clientes de outras empresas e do que eles identificavam como falhas nas plataformas que utilizavam. “A ideia partiu de uma necessidade de mercado. Eu e o (João) Canhada (também co-fundador) usávamos outras corretoras de criptomoedas e sentíamos falta de quatro coisas: agilidade, transparência, segurança e atendimento. Com isso, decidimos criar a FoxBit e tornar estes os nossos pilares”, explicou.
De acordo com Schiavon, sua primeira experiência com atendimento ao cliente e gestão de comunidades (áreas importantes para o trabalho no mercado de criptomoedas) começaram de uma forma bem inusitada. “Comecei minha vida de atendimento ao cliente e gestão de comunidade aos 11 anos, quando moderava fóruns de servidores de Ragnarok Online, um dos maiores MMORPG do mundo”, conta, em um texto sobre sua história publicado no blog da FoxBit.
Outro ponto que pode ser considerado como um desafio foi o fato de nenhum dos fundadores ter experiência com o mercado financeiro: Schiavon possui formação inacabada em Sistemas da Informação, enquanto Canhada é formado em Administração. Isso, no entanto, não os impediu de construir uma empresa que desde sua fundação vem acumulando cada vez mais crescimento. “A FoxBit surgiu sem funcionários, éramos apenas duas pessoas na operação (eu e Canhada) e mais duas pessoas na Blinktrade, nossa parceira de tecnologia. Hoje, a empresa possui 90 pessoas, somando sócios a funcionários”. Isso em pouco mais de três anos de crescimento.
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Clientes, faturamento e multiplataformas
O crescimento da empresa não deu-se apenas no quadro de funcionários. O número de clientes e o faturamento também são relevantes, o que contribuiu para a expansão da plataforma além dos serviços tradicionais de uma exchange.
Com 400 mil clientes e uma expectativa de faturamento de R$20 milhões em 2018, a FoxBit passou a investir em áreas que fossem além do tradicional negócio de compra e venda de Bitcoins. A primeira grande demanda dos clientes foi a inclusão de novas criptomoedas, a qual Schiavon garante que está presente no roadmap de desenvolvimento da empresa.
“Nossa ideia é começar a negociar outras criptos em 2018. Começaremos pelas criptomoedas mais maduras, como Litecoin e Ethereum.”
Com a expansão da plataforma, imediatamente surgiram novos negócios e mercados que passaram a ser explorados pela empresa, como o mercado de negociação de grandes volumes e até mesmo a área de educação. “Hoje nós trabalhamos com três produtos: a exchange, para negociação de Bitcoin, a mesa OTC, para negociação de grandes volumes de criptomoedas em geral, e o FoxBit Educação, nossa área de cursos online e presencial”. A plataforma de educação da empresa conta hoje com dois cursos: o Bitcoin em Minutos e o Blockchain em Minutos, com uma plataforma que permite estudar em qualquer local, 24 horas por dia, e fornece certificado registrado em Blockchain.
Desafios
Para Schiavon, existem dois desafios claros para o mercado de criptomoedas em 2018, em especial para as exchanges: “o imbróglio regulatório e a ação dos bancos em fechar a conta das exchanges”. A declaração surge em um momento no qual os principais bancos do país (e mesmo alguns bancos digitais) tem fechado o cerco em relação às contas de empresas que trabalham com criptomoedas.
A própria FoxBit foi vítima desse problema ao ter, recentemente, sua conta no banco Inter bloqueada e cancelada, decisão que depois foi suspensa através de uma liminar.
Quanto ao aspecto regulatório, o Brasil ainda não possui uma regulamentação específica para o mercado de criptomoedas, e ainda existe uma grande insegurança no mercado sobre como ou qual regulamentação será criada, bem como seus impactos sobre o mercado e sobre as exchanges.
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