O Criptomoedas Fácil tem o prazer dar continuidade à Série Exchanges Brasileiras, que tem como objetivo levar aos leitores mais informações sobre as principais corretoras de criptomoedas do país. Você pode conferir as publicações anteriores da série, que contaram com a participação da Foxbit, Walltime e FlowBTC.
No texto de hoje, a exchange participante tem como grande diferencial a gama de moedas negociadas em sua plataforma – sendo a maior do país nesse quesito. Estamos falando da Braziliex, empresa que surgiu em 2017 com os sócios Marcelo e Ricardo Rozgrin e o analista de sistemas Marcelo Rocha.
Perfil Braziliex
Segundo Ricardo Rozgrin (cujo portfólio no mundo da tecnologia inclui o desenvolvimento de softwares e aplicativos de internet voltados ao comércio eletrônico), a ideia da criação da Braziliex surgiu de uma ausência de exchanges que trabalhassem com outras moedas além do Bitcoin.
E para aqueles que costumam achar curioso a semelhança do nome da empresa com o da exchange norte-americana Poloniex – que tem uma grande quantidade de altcoins em sua plataforma – Ricardo faz questão de explicar que não é mera coincidência.
“A ideia surgiu a partir da identificação da total ausência, no mercado brasileiro, de uma exchange verdadeiramente ‘altcoin’. Inicialmente gostaríamos de reproduzir no mercado algo semelhante à uma Poloniex, e quase numa brincadeira dissemos: se existe uma Poloniex na Polônia (sic) vamos fazer a Braziliex no Brasil. Na época não sabíamos que a Poloniex ficava em Delaware (EUA), pensávamos que era na Polônia”, brinca Ricardo.
O nome, no entanto, acabou pegando. E em 17 de maio de 2017, o programador Ricardo Rozgrin, junto com seu irmão, o empreendedor e investidor Marcelo Rozgrin, e o analista de sistemas Marcelo Rocha, uniram suas forças e assim surgiu a Braziliex.
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Funcionários, faturamento e crescimento
A empresa, que no início contava com quatro funcionários, viu sua equipe crescer para 17 colaboradores em pouco menos de um ano. O crescimento refletiu também na base de clientes. “Atualmente temos 60 mil clientes cadastrados, sendo que 25 mil deles acessam a plataforma pelo menos uma vez por semana”, afirma Ricardo.
Com esse crescimento, a empresa espera faturar cerca de R$3 milhões em 2018. “Temos um ticket médio de R$1.500 na nossa plataforma por cada ordem executada. Pretendemos ter mais dados à medida que o nosso sistema de CRM apresente melhorias nos relatórios”.
O quadro de colaboradores cresceu, a base de clientes também, e o mesmo aconteceu com a plataforma da empresa. A Braziliex é a exchange do mercado que possui mais criptoativos em sua plataforma. Além das principais moedas digitais, como Bitcoin, Bitcoin Cash e Ethereum, a empresa também opera com Dash, Decred, Litecoin, Monero, SingularDTV, e vários outros tokens.
E além da grande oferta de criptomoedas, a Braziliex oferece um segundo diferencial: a plataforma transforma a cotação desses criptoativos para reais. Isso elimina a necessidade de comprar Bitcoin para poder, depois, comprar outras moedas. Basta que o usuário deposite reais na sua conta e compre diretamente.
Além dos já negociados, Ricardo afirmou que a empresa tem planos para incluir mais moedas, como Etherium Classic e Tether (USDT).
Além das moedas cadastradas na plataforma, a Braziliex também possui o seu próprio token, o BRZX. O token oferece uma série de vantagens para os seus detentores, dentre as quais Ricardo destaca os descontos progressivos nas taxas.
“O plano de descontos garante 0.01% de desconto para cada token BRZX que o cliente possua. Caso ele acumule 10 mil BRZX, ele passa a ter taxa zero em todas as negociações de compra e venda”, afirmou Ricardo.
Além disso, a empresa prepara outras novidades, como a listagem e desenvolvimento de ofertas iniciais de moedas (ICOs, na sigla em inglês) na plataforma, e uma plataforma de escrow que poderá ser usada por vendedores P2P para mediarem suas negociações.
Desafios
Quando o assunto são os desafios que as exchanges poderão enfrentar no mercado brasileiro, as maiores preocupações são o cerco dos bancos (que estão fechando as contas de várias exchanges) e o risco regulatório, uma vez que não se sabe qual regulamentação será implantada no mercado.
A Braziliex, segundo Ricardo, apresenta as mesmas preocupações:
“O principal risco é a atuação dos grandes bancos fechando as contas das exchanges, seguida pela indefinição a respeito da regulamentação do uso das criptomoedas no Brasil”, finalizou Riacardo.