A senadora Cynthia Lummis, de Wyoming, foi indicada para liderar um novo subcomitê no Senado focado em criptomoedas. O subcomitê será vinculado ao Comitê Bancário do Senado, agora presidido por Tim Scott, da Carolina do Sul. Scott, assim como Lummis, é conhecido por sua visão positiva sobre o potencial das criptomoedas para democratizar o setor financeiro.
O anúncio, divulgado nesta sexta-feira (10) pela Fox, vem em um momento de intensificação do foco regulatório nos EUA em relação às criptomoedas. Scott, que anteriormente sugeriu a criação de um subcomitê voltado para o setor, afirmou durante o Wyoming Blockchain Symposium, em setembro:
“Seria interessante termos um subcomitê no Comitê Bancário que pudesse trazer mais clareza ao setor e acelerar o processo regulatório.”
Subcomitê para criptomoeda do Senado
Vale ressaltar que já existe nos Estados Unidos um subcomitê parecido na Câmara dos Representantes. Trata-se do Subcomitê de Ativos Digitais, Tecnologia Financeira e Inteligência Artificial da Câmara, com jurisdição sobre criptomoedas, stablecoins e CBDCs. Este departamento também está passando por uma mudança de liderança. A partir de agora Bryan Steil, de Wisconsin, vai presidir o setor.
Steil sucede o congressista French Hill, do Arkansas, que agora lidera o Comitê de Serviços Financeiros da Câmara. Hill havia desempenhado um papel importante na promoção de debates sobre stablecoins e regulamentação de criptomoedas durante sua gestão.
Steil é conhecido por sua postura pró-cripto, recebendo uma nota “A” do grupo Stand With Crypto, que avalia o apoio de legisladores ao setor. Ele já alertou que a falta de regulamentação clara pode levar o mercado de criptomoedas a migrar para outros países, prejudicando a competitividade dos EUA.
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Planos de Lummis e alinhamento com o governo Trump
Lummis, uma defensora de longa data do Bitcoin, planeja utilizar sua posição para impulsionar discussões sobre a criação de uma reserva estratégica de Bitcoin nos EUA. Em julho, ela apresentou o BITCOIN Act, que propõe a aquisição de 1 milhão de BTC pelo governo ao longo de cinco anos.
O custo estimado de US$ 95 bilhões teria a cobertura de fundos existentes no Federal Reserve e no Tesouro. Dessa forma não haveria um impacto direto nos contribuintes.
Contudo, Donald Trump, presidente eleito e entusiasta declarado do Bitcoin, sugeriu uma abordagem diferente para a criação da reserva. Ele propôs a conversão de cerca de 200.000 BTC confiscados de atividades criminosas para esse fim.
As nomeações de Lummis e Steil indicam uma estratégia republicana para fortalecer a regulamentação e adoção de criptomoedas nos EUA, capitalizando o controle total do governo pelo partido.
