A Comissão de Valores Mobiliários dos EUA (SEC, na sigla em inglês) estaria fazendo uma grande análise sobre a Libra, criptomoeda do Facebook, buscando entender se o projeto pode se enquadrar como um ETF, tipo de produto negociado no mercado de capitas. Caso a SEC entenda que a Libra trata-se de um ETF, a rede social precisará se submeter aos processos de regulação junto ao órgão para que sua criptomoeda possa “circular” nos EUA.
Segundo a reportagem do Estadão, funcionários da SEC que estão avaliando a estrutura da Liba acreditam que o ativo virtual é semelhante a um ETF. Executivos do Facebook encontraram-se recentemente com membros da SEC para tratar deste ponto e também se reuniram com outros reguladores, como o Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) e o Tesouro.
“Eles não parecem ter pensado tanto nos mecanismos nem nas implicações regulatórias de como o dinheiro fluirá dos usuários, carteiras e desenvolvedores para dentro e para fora da estrutura”, afirma Jonah Crane, ex-funcionário do Tesouro dos EUA que aconselha fintechs sobre questões regulatórias.
O Fed também está monitorando a Libra, à medida em que os 1,6 bilhão de usuários diários do Facebook dão enorme potencial de uso para a novidade. O vice-presidente do Fed Randal Quarles disse na semana passada que as criptomoedas não cresceram ainda o bastante para trazerem preocupações sobre os riscos para a estabilidade ao sistema financeiro mundial, temor que pode surgir com a entrada do Facebook no jogo.
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