Um estudo sobre o sistema bancário foi divulgado na quinta-feira passada, 14 de junho pela Bain & Company, uma das principais empresas de consultoria do mundo. O material traz perspectivas animadoras para o uso da tecnologia blockchain pelo sistema bancário.
O estudo, intitulado Wolf In Sheep’s Clothing: Disruption Ahead For Transaction Banking, mostra que o aumento das fintechs fez com que a concorrência no setor bancário se tornasse cada vez mais ampla, especialmente por causa do aumento da quantidade de pequenos bancos de comunidades locais.
Dentro do relatório, a empresa destaca o uso das chamadas tecnologias de livro-razão distribuídas (DLTs) como formas de modernizar e baratear custos bancários. O relatório traz os casos da IBM e da R3, empresas que já organizam estudos com essa tecnologia, e também cita o caso da blockchain como exemplo de DLT que pode causar uma grande economia aos bancos.
“Caso seja adotada de forma correta pelas empresas que atuam neste segmento, a tecnologia DLT pode causar uma economia nos custos de transações financeiras que pode ficar entre 50% e 80% dos custos atuais”, afirma o relatório. Ele também cita que mesmo nos sistemas tradicionais, como o SWIFT, os custos de transação tem caído, e essa queda pode ser ainda maior com o uso de DLTs.
O relatório destaca também a ampla oferta de serviços que surgiram no sistema financeiro nas últimas cinco décadas e mostra que os ganhos com o uso da blockchain não se resumem apenas aos ganhos financeiros. Ofertas como soluções para pequenos negócios e para cadeiras de suprimentos também podem ser levadas em conta como maneiras eficazes de utilizar a tecnologia.
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Ainda de acordo com Bain, “as receitas dos bancos de transações tendem a ser menos voláteis do que outros tipos de receitas bancárias, e os banqueiros podem vender produtos cruzados, o que é crítico para a fidelidade do cliente”. A consultoria conclui em seu estudo que essa área específica dos bancos mudará substancialmente no futuro através do uso de DLTs como a blockchain:
“Usando essa tecnologia, a execução, a compensação e a liquidação podem ocorrer simultaneamente, minimizando os riscos de liquidez e crédito. A custódia e outros serviços de segurança pós-negociação também estão sob ameaça de novas tecnologias”, aponta o relatório.