O número de carteiras contendo menos de 1 Bitcoin atingiu um nível recorde nos últimos sete meses, de acordo com dados recentes da empresa de inteligência de mercado blockchain Santiment. Apesar desse aumento no acúmulo por pequenos investidores, o preço do BTC não tem apresentado recuperação significativa.
Nas últimas duas semanas, o Bitcoin passou por uma correção de aproximadamente 11%, marcada por uma maior volatilidade. Embora o ativo tenha brevemente atingido a marca de US$ 58 mil, o preço ainda está longe de alcançar novamente seus picos históricos, segundo a Santiment.
A análise on-chain da Santiment mostrou que as carteiras com menos de 1 BTC estão acumulando a criptomoeda de forma agressiva. Essas carteiras atingiram uma participação de 7,22% da oferta total de Bitcoin. Trata-se do maior índice desde 7 de fevereiro deste ano. Esse comportamento reflete um aumento no otimismo entre investidores menores, que continuam a acreditar no potencial de valorização da criptomoeda.
Por outro lado, as carteiras que detêm entre 1 e 100 BTC e aquelas com mais de 100 BTC desaceleraram o acúmulo nos últimos meses. O número atingiu o pico de distribuição de suprimentos em 27 de julho e 14 de agosto, respectivamente.
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Bitcoin pode voltar a subir?
Especialistas indicam que uma retomada agressiva por esses grandes detentores pode ser necessária para que o preço do Bitcoin volte a níveis mais elevados, possivelmente próximo de seu recorde de US$ 73.700.
Nos últimos dias, o mercado de criptomoedas tem registrado mais saídas do que entradas de capital. Um exemplo disso são os fundos negociados em bolsa (ETFs) de Bitcoin nos Estados Unidos. Os ETFs enfrentaram uma sequência de saídas significativas, acumulando milhões de dólares em perdas por quase duas semanas consecutivas.
Apesar do cenário volátil, alguns investidores institucionais continuam a apostar no ativo. A empresa de investimentos japonesa Metaplanet, por exemplo, aumentou recentemente sua reserva de Bitcoin em 38,464 BTC, avaliados em cerca de US$ 2 milhões. Agora, a empresa já detém 398.832 BTC, equivalentes a US$ 26 milhões. Embora essa compra tenha beneficiado o valor das ações da empresa, seu impacto no preço geral do Bitcoin foi limitado.
Analistas da Santiment acreditam que se grandes compradores, como a MicroStrategy, e produtos de ETFs de bitcoin voltarem a registrar entradas expressivas de BTC, o preço do ativo digital poderá disparar novamente, mesmo que pequenos detentores decidam vender parte de suas reservas.
Entre os defensores de longo prazo do Bitcoin, o otimismo permanece forte. Michael Saylor, cofundador da MicroStrategy, declarou recentemente que acredita que o preço do BTC pode atingir até US$ 13 milhões nas próximas duas décadas, reforçando a visão positiva sobre o futuro da criptomoeda, apesar de sua performance atual.