O ex-jogador de futebol e empresário Ronaldo de Assis Moreira, mais conhecido como Ronaldinho Gaúcho, prestou depoimento à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) das Pirâmides Financeiras nesta quinta-feira (31).
Durante seu depoimento, Ronaldinho negou ser fundador ou sócio da empresa 18k Ronaldinho Comércio e Participações Ltda, contrariando informações divulgadas pelo comitê.
“Eu nunca fui sócio da empresa 18k Ronaldinho. Os sócios de tal empresa são os senhores Raphael Horácio Nunes de Oliveira e Marcelo Lara Marcelino. Eles utilizaram indevidamente meu nome para criar a razão social dessa empresa”, disse ele.
Ronaldinho ressaltou que já havia sido ouvido pelo Ministério Público de São Paulo e pela Polícia Civil do Rio de Janeiro como testemunha, destacando sua ausência de ligação com a empresa.
O ex-jogador relatou que, além de não ser sócio, nunca autorizou o uso de seu nome e imagem pela empresa. Segundo ele, em 2020, soube que sua imagem estava sendo usada indevidamente pela 18k Ronaldinho Comércio e Participações Ltda, que estava envolvida na compra e venda de Bitcoin prometendo lucros de até 30% ao mês.
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Ronaldinho Gaúcho
O depoimento também abordou as relações entre Ronaldinho e a empresa 18k Watch Corporation e a 18k Watch Comércio Atacadista e Varejista de Negócios, que estavam envolvidas na criação de produtos relacionados a sua imagem.
Ronaldinho mencionou contratos assinados e a rescisão de um deles em 2019. Em relação às acusações sobre seu possível envolvimento em esquemas de pirâmide financeira, Ronaldinho optou por permanecer em silêncio.
A CPI também questionou sobre sua relação com o público e os investidores prejudicados pela empresa. Ronaldinho expressou seu desejo de que os responsáveis fossem encontrados e punidos, e que ele pudesse limpar seu nome das alegações.
A CPI das Pirâmides Financeiras investiga esquemas fraudulentos envolvendo criptomoedas. A comissão busca esclarecer as operações suspeitas de empresas que utilizaram informações falsas e promessas de altos retornos para atrair vítimas e manter o esquema de pirâmide.
O prazo para a conclusão dos trabalhos é de 120 dias, podendo ser prorrogado por mais 60 dias mediante requerimento assinado por 1/3 dos deputados.