Impulsionados pela possibilidade da entrada de grandes empresas, como a Bolsa de Nova York (Bakkt) e a Nasdaq, no mercado de criptomoedas, especialistas apontam um cenário otimista para o preço do Bitcoin (BTC) durante 2019.
No entanto, esta opinião não é compartilhada por Rocelo Lopes, CEO da exchange Stratum CoinBr, que declarou que os investidores institucionais podem trazer um novo ânimo para o mercado, mas que isso não deve ocorrer neste ano – cujo cenário, para o empresário, deve repetir o “chove não molha” que marcou boa parte de 2018, quando o BTC variava entre US$6 e US$7 mil.
“Bakkt e Nasdaq podem ser players interessantes e ajudar o desenvolvimento do mercado, no entanto, não acredito que a entrada deles vai trazer nada de novo pois estão oferecendo ‘mais do mesmo’. O mercado institucional já ‘está dentro’ do ecossistema cripto/blockchain seja por meio da CBOE, da CBO ou por meio das grandes mesas de OTC. O fato de grandes bolsa de valores entrarem, ajuda a trazer mais visibilidade e informação, com isso, mais pessoas e meios de comunicação passam a falar de Bitcoin e das possibilidades da tecnologia das criptomoedas, mas isso não deve impulsionar o preço para novos picos de alta. Acredito que, neste ano, veremos variações nos preços como no mercado tradicional, sem grandes pumps e dumps, aquele clima de ‘chove não molha’, que, por outro lado, mostra a maturidade do ativo”, afirma Rocelo.
Para o empresário, a tendência para 2019 é a participação das criptomoedas no portfólio de fundos de investimento e grandes conglomerados aumentarem sua exposição ao ecossistema por meio do lançamento de tokens e altcoins próprios, como é o caso do Telegram, que deve lançar sua própria criptomoeda integrada com o aplicativo de mensagens ainda este ano.
Neste sentido, Rocelo destaca que o Facebook pode estar perdendo o bonde da inovação ao titubear em anunciar uma integração com blockchain e criptomoedas, à medida em que a plataforma de Zuckerberg mostra sinais de saturação e enfrenta escândalos envolvendo atuação direta e indireta na manipulação de dados pessoais e de eleições em todo o mundo.
O CEO da Stratum acredita que, à medida em que os fundos forem construindo produtos que integram criptomoedas, como é o caso de Stratumblue, DX.Exchange, mais tração será fornecida ao mercado e forçará o regulador a se posicionar com mais clareza e menos rigidez sobre o mercado. “É muito bonito ver a Gemini, fazendo propaganda sobre regulamentação, mas ela não fala que o Bitlicense só é bom para quem já é grande e que ele impede o desenvolvimento de startups e fintechs que são quem realmente buscam a inovação. Imagine se no Brasil todo aquele que deseja empreender no mercado tivesse que depositar mais de R$2 milhões no Banco Central para começar a operar, isso ia matar o desenvolvimento, em linhas gerais é isso que o Bitlicense faz”, destaca o empresário, argumentando que qualquer regulação para o ecossistema deve ser inteligente a ponto de permitir que a inovação possa se desenvolver.
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“Muitas coisas vão acontecer em 2019, embora não acredite que o preço vai disparar ou que vamos ter picos e descidas violentas, acredito que será um ano de muito desenvolvimento, de muitas coisas boas. Fundos lastreados em criptomoedas virão para ficar, assim como a blockchain vai impactar a sociedade e transformar aplicações. Eu não quero seguir apenas o que o mercado está fazendo, eu quero ajudar a ditar o que será o mercado, por isso tenho investido no BLU e acredito que esta é a grande tendência para o ano”, finaliza.
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