O site de notícias CBC do Canadá divulgou um caso um tanto quando inusitado, no qual um golpista caiu em um golpe e teve seu dinheiro doado para a caridade.
O Robin Hood da vez foi o canadense Ben Perrin, que tem um canal educacional no YouTube focado em ensinar as pessoas sobre Bitcoin e criptomoedas. Além do canal, ele ainda trabalha como diretor de marketing em uma exchange.
Segundo Perrin, trabalhar no setor de criptomoedas significa que ele já foi alvo de golpistas esperançosos no passado. Mas quando alguém entrou em sua caixa de entrada do Instagram oferecendo o dobro de seu investimento se ele mandasse milhares de dólares em Bitcoin, Perrin diz que decidiu se divertir um pouco.
“Eu já encontrei muitas dessas pessoas antes, elas fazem afirmações ridículas. Nesse caso, a cada 24 horas, elas me garantiam duplicação do meu Bitcoin e diziam que se eu enviasse um pouco de Bitcoin eu poderia começar a ver retorno.
Então, eu joguei junto e fingi ser um recém-chegado ao Bitcoin, não entendendo o que estava acontecendo.”
Então, ele acrescentou que:
“Eu disse que teria prazer em investir US$20.000 com eles se eles simplesmente me enviassem US 100 de volta, então eu poderia devolvê-los a eles, apenas para garantir que tudo fosse legítimo.”
O golpista concordou e enviou US$50.
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Perrin, em seguida, deixou cair o blefe, chamou o golpista de fraude e o deixou saber que ele doou o dinheiro recebido para caridade. Ele enviou o dinheiro para a Bitcoin Venezuela, entidade que ajuda venezuelanos que compram alimentos usando criptomoedas desde quando o bolívar (moeda local) entrou em colapso. Ele disse que espera que isso funcione como um bom lembrete para não enviar dinheiro pela internet, especialmente para um estranho, a menos que você saiba o que está fazendo.
“Uma boa regra é o seu investimento, a quantidade de capital que você está alocando para algo assim, deve refletir diretamente a sua compreensão do ativo em que você está investindo“, disse ele.
Golpistas, ele diz, aproveitam o fato de que as transferências de Bitcoin são irreversíveis.
“Uma vez que você envia, você não pode reverter isso. Muito parecido quando você dá a alguém uma pilha de notas de US$20.”
Sobre este caso, a polícia não quis comentar e não recomenda replicar o comportamento de Perrin. O Sargento Matt Frederiksen, da equipe de fraude da unidade de crime econômico da polícia de Calgary, estado canadense, disse:
“Nós não encorajamos ninguém a se envolver, conversar, tentar irritar esses fraudadores. Você poderia estar criando um alvo para si mesmo, onde eles podem ficar frustrados com você e eles já sabem o seu número de telefone ou eles já sabem seu email.
Uma vez que você reconhece que é uma farsa … não responda.”
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