A Ripple Labs, startup que cuida do XRP, lançou recentemente sua solução de custódia de criptomoedas para vários bancos e fintechs. Com isso, essas instituições poderão armazenar ativos digitais em nome de seus clientes com mais segurança.
O lançamento ocorre enquanto o Federal Reserve (Fed) vem reprimindo vários bancos tradicionais que oferecem serviços de custódia para empresas de criptomoedas. Além disso, a legislação sobre custódia ainda avança a passos lentos nos EUA, dificultando as empresas que atuam nesse setor.
Durante uma entrevista à CNBC, a Ripple afirmou que seu serviço trará uma variedade de recursos. De acordo com a empresa, o principal cliente será bancos e fintechs, enquanto estes poderão oferecer a solução aos clientes.
Este será um negócio incipiente para a empresa como parte de sua recém-formada divisão Ripple Custody. No mês passado, em setembro, o CEO da Ripple, Brad Garlinghouse, já afirmou que a empresa focaria neste mercado.
Com o lançamento da Ripple Custody, a empresa garantiu que atende a todos os requisitos regulatórios neste processo. Isso inclui configurações operacionais e de política pré-configuradas, juntamente com a integração com o XRP Ledger, que introduziu atualizações importantes recentemente.
Além disso, para manter a conformidade, a plataforma de custódia de criptomoedas monitorará os riscos de lavagem de dinheiro, juntamente com a introdução de uma nova interface amigável e envolvente.
Este é um grande passo da empresa para diversificar além de seu negócio de liquidação de pagamentos da RippleNet. Aaron Slettehaugh, vice-presidente sênior de produtos da Ripple, falou sobre o novo lançamento:
“Com novos recursos, a Ripple Custody está expandindo suas capacidades para atender melhor empresas de criptomoedas e fintech de alto crescimento com custódia de ativos digitais segura e escalável”.
O anúncio desta quinta-feira (10) é uma das primeiras medidas da Ripple para consolidar seus serviços de custódia de criptomoedas sob a marca Ripple Custody, ao mesmo tempo em que enfrenta a concorrência de grandes nomes como Coinbase e Gemini.
Os negócios de custódia de criptomoedas ainda são incipientes, mas estão crescendo rapidamente no mercado. A Coinbase atende a alguns dos principais clientes do mercado, como a BlackRock, que usa a exchange para custodiar os BTC de seu ETF (IBIT).
Agora, os bancos tradicionais também estão iniciando seus serviços: o BNY Mellon garantiu uma licença para fornecer custódia de criptomoedas no mês passado.
Os custodiantes são essenciais para o mercado de criptomoedas, fornecendo armazenamento seguro para chaves privadas. Embora o ideal seja que os investidores façam isso, empresas não podem fazer a auto-custódia desses ativos. Por isso, esses serviços possuem um nicho forte de mercado.
Além de proteger criptomoedas, os custodiantes auxiliam com pagamentos, liquidações, negociações e garantem a conformidade com as regulamentações globais que regem as moedas digitais.
O Boston Consultancy Group prevê que o mercado de custódia de criptomoedas aumentará para US$ 16 trilhões até 2030. A Ripple acredita que a custódia é a área de crescimento mais rápido, com sua plataforma de custódia já registrando um crescimento de 250% no consumo este ano.
A Ripple também está apostando no mercado de tokenização de ativos do mundo real (RWA) e declarou que estenderia seus serviços de custódia para tokenizar diferentes RWAs como moedas fiduciárias, ouro, petróleo e imóveis, usando o XRP Ledger.
De acordo com a empresa, o XRP Ledger fornecerá às empresas acesso à sua exchange descentralizada nativa. Além disso, também permitirá que compradores e vendedores negociem vários ativos digitais diretamente, sem intermediários, permitindo transações mais rápidas com taxas mais baixas.
Para impulsionar seu negócio de custódia de criptomoedas, a Ripple tem feito aquisições importantes. No ano passado, adquiriu a Metaco, uma empresa especializada em armazenamento e gerenciamento de criptomoedas.
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