Um time de desenvolvedores, designers, investidores e pesquisadores, baseados na cidade do Rio de Janeiro, acaba de lançar a Tezos Rio. O objetivo do grupo é fomentar no Brasil o crescimento da rede Tezos, que é uma blockchain de terceira geração e teve sua mainnet lançada globalmente em setembro de 2018. Uma das iniciativas desenvolvidas pelo grupo é a TEZOSJ_SDK, que é um biblioteca de software para desenvolvedores Java criarem com facilidade suas carteiras Tezos.
O grupo também construiu um Baker, que é uma espécie de masternode aberto para portadores de tokens Tezos participarem do processo de validação das transações e de segurança da rede. Luiz Milfont, que é cofundador e desenvolvedor líder do grupo, aposta na natureza participativa da rede Tezos como um dos aspectos mais promissores do protocolo. Segundo ele, “não há precedentes quanto ao nível de democracia utilizado na rede Tezos, o que pode revolucionar a forma com a coordenação social ocorre dentro de uma blockchain através de uma dinâmica líquida”.
De forma objetiva, a blockchain da Tezos é um livro de registro contábil distribuído, público, digital, criptografado e nativo na internet. Por ser programável, a plataforma permite o lançamento de diversos tipos de aplicações, como contratos inteligentes e dapps (aplicações descentralizadas). Um dos seus principais diferenciais em relação a outras blockchains públicas, é um modelo de governança embutido no protocolo.
Esta funcionalidade garante uma melhor coordenação entre os participantes da rede nas decisões. Também simplifica a implantação de propostas de melhorias deste protocolo, evitando assim a ocorrência de hard forks. Em sistemas econômicos baseados em rede, como é o caso das blockchains públicas, isso é super relevante, pois a simples expectativa de ocorrência de um hard fork pode dividir a comunidade, alterar os incentivos econômicos dos participantes e minar os efeitos de rede acumulados ao longo do tempo.
Quanto à segurança, a blockchain da Tezos utiliza um algoritmo próprio de consenso baseado em prova de participação delegada (delegated Proof-of-Stake, no termo em inglês). Este mecanismo cria incentivos econômicos e abre oportunidade para todos os portadores de tokens Tezos participarem no processo de validação de transações da rede. Além da segurança na camada de registro das transações, a blockchain da Tezos também apresenta uma camada importante de segurança nos códigos que rodam em cima do protocolo, pois ela foi projetada para facilitar o uso de métodos de verificação formal. Isso reduz drasticamente as chances de erro em códigos de contratos inteligentes e aplicações descentralizadas desenvolvidos na rede.
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A Tezos Rio aposta em parcerias com instituições educacionais para difundir a tecnologia e formar novos desenvolvedores interessados em criarem aplicações em cima do protocolo base da Tezos. O Professor Luís Felipe Carvalho da PUC-Rio, que também é cofundador do grupo Tezos Rio, teve seu primeiro contato com o projeto Tezos no final de 2016, em uma postagem no Twitter do mega investidor de startup Tim Draper.
Segundo o professor:
“o faro de Draper é bastante apurado para perceber tendências tecnológicas e equipes de ponta para tocar projeto. Depois de ler o white paper da Tezos, percebi que havia algo diferente ali e resolvi apostar. Assim que a ICO da Tezos foi lançada, comprei meu primeiro lote de tokens e me tornei um hodler. Na época, não imaginava que iria participar tão de perto do projeto, como estamos vivendo agora com a Tezos Rio.”