A semana realmente não está sendo positiva para o mercado de criptoativos no Brasil. Após a trágica morte de Guto Schiavon, fundador da FoxBit, a má notícia da vez foi um furto realizado contra a principal revendedor de hardware wallets do Brasil.
A KriptoBR, revendedora oficial das carteiras Trezor e Ledger no país, teve boa parte de seu estoque furtado na madrugada deste sábad0 (29). O material estava na casa do proprietário da empresa, Jefferson Rondolfo, localizada no bairro Butantã, em São Paulo. Segundo Jefferson, foram roubadas 150 unidades da Ledger Nano S e mais 35 da Trezor Modelo T. No momento da ação, Rondolfo não se encontrava na residência.
“Além das carteiras, levaram também moedas decorativas. Não zeraram meu estoque porque guardo em locais diferentes. Mas levaram 1/3 do total, cerca de R$ 90 mil de prejuízo”, afirmou.
Além das carteiras e moedas, os ladrões também levaram uma grande quantidade de bens pessoais da casa. “Do resto levaram tudo: roupas, tênis, TVs, o que você possa imaginar. No total, tive cerca de R$ 250 mil de prejuízo”.
Segundo Rondolfo, as Trezor possuíam numeração do lote, o que auxiliar no rastreio das carteiras. Mas as Ledger não possuíam, o que pode tornar praticamente impossível recuperá-las.
“Vou notificar a Ledger sobre o furto e verificar se eles têm o número de série interno, mas acho difícil. Afinal, como eles saberão quais carteiras que foram roubadas?”
Em um comunicado lançado nas redes sociais, Rondolfo pediu que as pessoas ficassem alertas e repassassem a ele qualquer venda suspeita de carteiras que possam fazer parte dos lotes furtados.
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“Peço que, por favor, não alimentem o crime, peço que repassem a mim caso vejam algo suspeito (valores abaixo do mercado, sem procedência, etc)”, pediu.
Além do risco de receptação de mercadorias roubadas, comprar hardware wallets de criptomoedas de procedência duvidosa pode trazer graves falhas de segurança. Carteiras com lacre violado podem ser submetidas a ataques hackers, além do risco da própria negociação com os criminosos detentores dos produtos roubados.
“Tudo é possível, vai de implantar algum chip malicioso que nem a Ledger consiga descobrir a até o vendedor vender, ter os dados do cliente porque vai enviar pelo Correio, etc e depois invadir a casa dele. Porque se presume que só quem possui criptomoedas compra esse material”, afirmou Rondolfo.
Aos nosso leitores, fica o alerta: evitem comprar qualquer dispositivo de armazenamento de criptoativos que não venha de fontes de confiança. Caso veja algum produto negociado em sites de forma avulsa e com um preço muito abaixo do mercado, desconfie e evite cair em um golpe.