A rede do Bitcoin (BTC) acaba de superar a marca de 19 milhões de unidades mineradas, de acordo com dados da Bitbo. Esta marca foi superada na sexta-feira (1), quando haviam exatos 19.000.043,75 BTC em circulação no mercado.
Ou seja, agora restam menos de 2 milhões de BTC para serem minerados ao longo dos próximos 118 anos. Dado que a oferta máxima é de 21 milhões, isso significa que há menos de 10% de novos BTC para serem colocados em circulação.
Em menos de 15 anos de sua criação, o BTC provou ser uma ferramenta com os ciclos 100% apurados. Sua emissão continua fixa até hoje e assim deve permanecer até que atinja o limite de 21 milhões de BTC. Como disse Satoshi Nakamoto, criador da criptomoeda: “as regras estão escritas em pedra”.
Bitcoin: da ideia à concepção
O marco demonstra como o criador do BTC foi capaz de juntar décadas de pesquisa em diferentes áreas de ciência da computação para alcançar a escassez no reino digital. De fato, a escassez absoluta e sua previsibilidade são as maiores características que diferenciam o BTC de outras criptomoedas.
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Além disso, o BTC trouxe uma nova forma de garantir a escassez de algo no meio digital. Antes da sua criação, a única maneira de impedir o gasto-duplo – alguém gastar o mesmo dinheiro duas vezes – era através de uma autoridade central. Essa autoridade, normalmente um banco, se encarregava de verificar os saldos e confirmar sua veracidade.
O que Nakamoto fez foi eliminar a necessidade dessa autoridade central através da descentralização. Cada usuário de BTC pode utilizar seu computador para roda um nó e verificar as transações da rede em um livro-razão distribuído. Dessa forma, todos os pares da rede agiam como usuários e fiscais ao mesmo tempo.
Para rodar os nós, os usuários executam um software que impõe condições de gastos estritos que impediriam uma representação digital de valor a ser gasto duas vezes. Ou até tornariam isso possível, mas à custa de um preço muito alto. Em outras palavras, o BTC estimula o comportamento honesto.
Emissão de novos Bitcoin
Atualmente, os BTC são emitidos a uma taxa de dez minutos em média. Nesse intervalo, 6,25 BTC novos entram na rede – o valor da recompensa dos mineradores. No total, são minerados cerca de 900 novos BTC por dia.
Esta recompensa do bloco, como é chamada, não permanece o mesmo valor. Conforme o código do BTC determina, há um corte pela metade a cada 210 mil blocos, ou aproximadamente quatro anos. Quando Nakamoto minerou o primeiro bloco, por exemplo, sua recompensa foi de 50 BTC.
O processo de corte na emissão de novos BTC recebe o nome de halving e atua de forma decrescente. Se 19 milhões de BTC foram minerados em cerca de 13 anos, os dois milhões restantes levarão no mínimo 100 anos para serem emitidos. Claro, se o protocolo do BTC permanecer como é hoje.
No entanto, e de maneira curiosa, o limite de 21 milhões de BTC não foi estabelecido originalmente no white paper. Ou seja, Nakamoto não criou um teto para a oferta da criptomoeda. Mas como a recompensa dos blocos é decrescente e a rede é descentralizada, este limite é preservado pelos próprios usuários.
“Implementações do Bitcoin controlam a emissão de novas moedas. O software verifica que cada novo bloco não cria mais do que o subsídio de bloco permitido”, disse Jameson Loop, cypherpunk e cofundador da Casa.
Ou seja, na prática a escassez do BTC está definida pela sua descentralização e pelos próprios usuários, sem o controle de ninguém. E até lá, o BTC seguirá com suas regras escritas em pedra absolutamente intactas.
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