Uma reportagem veiculada pelo programa Domingo Espetacular da TV Record no último domingo, dia 7 de maio, expôs o suposto esquema de pirâmide envolvendo criptomoedas da empresa Binary Bit. A reportagem também abordou a briga entre os sócios Marcos Monteiro e Ricardo Toro que foi parar nas redes sociais e envolve até mesmo ameaças de morte.
De acordo com a matéria, a empresa, que não tinha registro na Receita Federal, atuava atraindo investidores com promessas de lucro de 1,5% ao dia. Ou ainda oferecendo 300% de lucro em até 200 dias. Isto é, a possibilidade de triplicar o patrimônio em até 6 meses. Com o esquema, a Binary Bit teria dado um prejuízo que pode passar dos R$ 80 milhões.
Briga entre os sócios
Entretanto, depois que o esquema veio a público, os sócios Marcos e Ricardo começaram uma briga. Assim, Marcos, autointitulado “bruxo dos investimentos”, acusou Ricardo, durante uma live, de ter mandado sequestrá-lo, roubá-lo e matá-lo.
Mas Ricardo nega as acusações:
“Mentira. Assim como eu tive pessoas e quadrilhas atrás de mim, ele teve atrás dele.”
Marcos também contou que perdeu um apartamento em Salvador, Bahia, avaliado em R$ 700 mil por causa da pressão de investidores lesados.
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Fênix Global
A reportagem ainda fala sobre a Fênix Global, uma nova empresa aberta por Ricardo Toro com um capital social de R$ 500 milhões. A proposta da nova empresa era ressarcir os investidores lesados. Mas, novamente, isso não aconteceu.
Ao menos 5 mil pessoas pagaram uma taxa para participar da Fênix Global. Com isso, a empresa levantou mais de R$ 500 mil. O site também saiu do ar depois de um tempo.
No entanto, segundo Ricardo, mais de 35% das pessoas que estavam na Fênix Global já haviam recebido o saque ou tiveram suas contas quitadas. Mas esse não foi o caso de um investidor de Caxias do Sul, ouvido pela reportagem.
Investidor lesado
Um cliente da empresa contou que investiu R$ 10.800 na Binary Bit. Júnior Medeiros, representante comercial, relatou que tinha acabado de vender seu carro para comprar um terreno. Então, ele investiu o que tinha com a ideia de triplicar o valor em 10 meses e, com isso, quitar a entrada do terreno. Mas o retorno não veio.
O investidor lesado explicou que conseguiu receber R$ 2.300, mas, em seguida, a empresa parou de pagar.
Depois que a Fênix foi criada, Medeiros aceitou participar para tentar reaver o valor investido. Só que continuou sem receber e a empresa “sumiu do mapa”.
Empresa é investigada em três inquéritos
O suposto esquema de pirâmide financeira tornou a Binary Bit e seus sócios Ricardo, Marcos e Israel Soares, alvos de, ao menos, três investigações. Uma delas na Bahia, outra em São Paulo e a terceira instaurada pelo Ministério Público Federal (MPF).
Além disso, a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) alertou os investidores em agosto de 2019 sobre a possibilidade da Binary Bit estar atuando como pirâmide financeira.
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