Um novo relatório da Zodia Custody, empresa apoiada pelo Standard Chartered, aponta que 2026 será o ano em que os ativos digitais “amadurecem”. O estudo identifica cinco pilares que devem moldar o futuro do setor: custódia, stablecoins, colateral, staking e tokenização. Todos representam a base de uma nova arquitetura de mercado digital.
Segundo Anoosh Arevshatian, diretora de produto da companhia, o mercado está passando de uma fase de testes para um estágio de produtividade.
“As instituições deixaram de falar em provas de conceito. Agora falamos em infraestrutura, interoperabilidade e confiança”, disse.
Para ela, 2026 marcará a transição da especulação para a execução no universo dos ativos digitais.
O primeiro ponto do relatório destaca que a custódia digital deixará de ser um serviço para se tornar um sistema essencial. Ela passará a ser o núcleo operacional da adoção institucional. Grandes bancos tratarão a infraestrutura cripto como tratam a computação em nuvem — indispensável, porém padronizada e segura. O texto também prevê o surgimento de padrões globais para custodiante digital e a expansão dos modelos de múltiplas custódias.
Jay Tan, especialista da empresa, afirmou que “custódia não é apenas guarda de ativos, é infraestrutura de mercado”. Assim, o relatório prevê que, até 2026, a conformidade regulatória será integrada desde o design, transformando segurança e transparência em padrão básico.
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Stablecoins como motores de liquidez do mercado cripto

O segundo ponto mostra que as stablecoins deixarão de ser apenas tokens de liquidação e se tornarão ferramentas de tesouraria programáveis. Com infraestrutura segura e regulamentação clara, as stablecoins emitidas por bancos e instituições devem fornecer liquidez contínua e rendimento automatizado. Para a Zodia, elas serão o tecido conector das finanças institucionais em tempo real.
Outro destaque é o avanço do colateral digital, que promete desbloquear trilhões em capital ocioso. A tokenização de ativos permitirá margens e liquidações instantâneas, aumentando a eficiência e reduzindo riscos. Reguladores devem reconhecer ativos tokenizados como garantias válidas, o que transformará o sistema de crédito.
Além disso, o relatório afirma que o staking institucional deixará de ser opcional e se tornará parte integrada da custódia. Desse modo, as instituições vão buscar rendimentos ajustados ao risco, enquanto protocolos DeFi permissionados oferecerão acesso seguro a retornos transparentes e programáveis. A empresa prevê que 2026 marcará a fusão entre liquidez institucional e DeFi, criando novos modelos de empréstimos híbridos.
Por fim, a Zodia Custody prevê que os ativos tokenizados finalmente se tornarão mainstream. Títulos públicos, commodities e fundos monetários já começam a ser emitidos e negociados em blockchain. A infraestrutura de custódia e colateral tornará esses ativos tão seguros quanto o dinheiro tradicional, mas com eficiência digital.

