O principal órgão regulador financeiro do Reino Unido, a Autoridade de Conduta Financeira (FCA, na sigla em inglês), relatou que os investidores de criptoativos do país perderam mais de US$34 milhões devido a fraudes envolvendo criptoativos e forex em 2018–2019, conforme mostra uma recente matéria do Financial Times.
De acordo com dados que a FCA coletou do centro nacional de denúncias de fraudes e cibercrimes do Reino Unido (Action Fraud), a perda individual devido a fraudes diminuiu de US$76.000 para US$18.500, enquanto as perdas totais caíram em US$14 milhões.
No entanto, o número de relatos de fraudes mais que triplicou, atingindo 1.834. 81% desses relatos faziam referência a algum esquema envolvendo criptoativos.
De acordo com o relatório, a FCA está considerando a proibição de “produtos derivativos de alto risco ligados a criptoativos” – algo que o órgão já cogitou em novembro do ano passado. Por enquanto, o diretor executivo da FCA Mark Steward adverte:
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“Os golpistas podem ser muito convincentes, então sempre faça sua própria pesquisa em qualquer empresa na qual você esteja pensando em investir, para ter certeza de que eles são um negócio legítimo.”
A FCA afirmou que os golpistas usam as mídias sociais para encontrar potenciais investidores. O regulador também notou que os golpistas costumam usar fotos de celebridades como forma de criar um falso endosso. Eles também postam imagens ao lado de bens de luxo, como carros, relógios e viagens caras em cruzeiros.
No ano passado, a empresa de consultoria de ofertas iniciais de moedas (ICOs) Statis Group divulgou um estudo no qual identificou que mais de 80% das ICOs feitas durante o boom de 2017 eram fraudes. As perdas associadas nesse ano totalizaram US$1,34 bilhão.
O Reino Unido busca fechar o cerco contra empresas de criptoativos que não são licenciadas pela FCA. Em novembro, o órgão investigou 50 empresas que trabalhavam nos mais diversos segmentos do setor, todas acusadas de operarem sem autorização.
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