A plataforma de criação de memecoins Pump.fun registrou um forte crescimento em 2024, mas acabou chamando a atenção de golpistas em potencial. Um deles é o investidor Sahil Arora, de Dubai, que supostamente usou a plataforma para lançar tokens de celebridades e aplicar um golpe de US$ 30 milhões.
Esses tokens, naturalmente, eram falsos e não tinham relação com as celebridades. Como resultado, Arora provavelmente causou prejuízos que podem chegar a US$ 30 milhões.
De acordo com um relatório do Bubblemaps, Arora aplicou um golpe clássico de pump-and-dump ao emitir tokens de celebridades na plataforma de memecoin Solana. Ele fez o preço desses tokens se valorizar e em seguida vendeu suas participações no mercado, deixando os investidores com o prejuízo depois que o valor dos tokens falsos despencou.
Golpe na Pump.fun
Através desse golpe, Arora conseguiu arrecadar a quantia de US$ 30 milhões, lançando tokens falsos ao longo de todo o ano. Só que a maioria dos tokens viu seu valor cair a zero depois que o investidor vendia, o que geralmente acontecia após o lançamento desses tokens na Pump.fun.
Entre as celebridades que Arora utilizou no seu golpe estão Caitlyn Jenner, Mayweather, Amber Rose, Suny Leone, Iggy Azalea e outros. A estratégia era simples: criar tokens que levavam o nome dessas celebridades ou que se associavam a eles de alguma forma.
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De acordo com dados do Bubblemaps, Sahil usou o Pump Fun como plataforma de lançamento, mas também promovia seus tokens falsos no Instagram. Sahil entrou em contato com celebridades oferecendo pagamentos em troca de publicar o endereço do contrato do falso token no X.
Bubblemaps disse que Sahil controlaria uma grande parte do fornecimento de tokens enquanto descarregava seus ativos imediatamente após os tuítes promocionais de celebridades e usava seu público como saída de liquidez. Curiosamente, Sahil também estava compartilhando abertamente seus lucros cunhados usando essas táticas.
Bubblemaps identificou mais de 40 endereços de carteiras de criptomoedas associados a Sahil. Para cada token criado, entre 25% e 40% do fornecimento total ficavam nas mãos de Arora, que espalhava-os em vários endereços. Quando ele ia vender os tokens, consolidava tudo em uma carteira e fazia a venda de uma vez, derrubando o preço.
Por fim, o investidor enviava os lucros para uma carteira principal, identificada como “7Ci23i82…” na blockchain Solana. Dessa carteira principal, Sahil costumava enviar regularmente os fundos para exchanges centralizadas (CEX) e vendê-los. Apesar do caráter criminosos, as ações de Arora podem cair num limbo jurídico.
“Apesar de milhares de fãs perderem dinheiro, as ações de Sahil caem em uma área cinzenta legal, tornando-as difíceis de perseguir. Até mesmo as celebridades não estão indo atrás dele porque são parcialmente responsáveis”, disse o Bubblemaps.
Plataforma tem crescimento recorde
O volume de dinheiro movimentado por Arora mostra o forte crescimento da Pump.fun em 2024. Durante o mês de julho, a plataforma cunhou um recorde de US$ 28,73 milhões em renda de acordos nos lançamentos de tokens.
Além disso, no mês passado, ela também ultrapassou o blockchain Ethereum em termos de receita diária em meio à alta atividade de memecoin. O valor arrecadado com as taxas chegou a US$ 5,3 milhões por dia no início desta semana, um recorde.
Conforme noticiou o CriptoFácil, a Pump.fun removeu a taxa de US$ 2 para criação de tokens, transferindo esse custo para o primeiro comprador e criou um programa de recompensas para as memecoins que tiverem alto volume. Isso levou a uma explosão na criação de tokens e, ao mesmo tempo, um aumento nas reclamações de usuários que tiveram que arcar com as taxas.
