“Independentemente, é uma campanha massiva de ‘publicidade’ para #Bitcoin. Com que frequência você recebe todas essas contas famosas tuitando sobre criptomoedas“.
Foi o que declarou Changpeng Zhao (CZ), o CEO da maior exchange de criptomoedas, a Binance, em meio a uma série de tuítes publicados nesta sexta-feira, dia 17 de julho. Ele chamou a série de “reflexões sobre o incidente”, referindo-se ao ataque em massa ao Twitter.
CZ voltou à rede social após ter tido a conta hackeada e, posteriormente desativada, no ataque que ocorreu no último dia 15 de julho.
Reflexões sobre o incidente
Primeiro, CZ comemorou por estar de volta ao Twitter. Depois, vieram as reflexões. Ele esclareceu, que o Bitcoin não foi hackeado, mas sim, o Twitter:
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“Bitcoin hack?” No, bitcoin didn’t get hacked. The hackers want bitcoin, because it’s valuable. When bank robbers want cash, it’s not called a “cash robbery”. It's a bank robbery. "Bitcoin scam?" No, bitcoin didn’t scam anyone. Do we have to explain this every time??
— CZ Binance (@cz_binance) July 17, 2020
“Hack de Bitcoin?” Não, o Bitcoin não foi hackeado. Os hackers querem Bitcoin, porque é valioso. Quando ladrões de banco querem dinheiro, isso não é chamado de “roubo de dinheiro”. É um assalto a banco. “Scam Bitcoin?” Não, o Bitcoin não enganou ninguém. Temos que explicar isso toda vez?”, questionou.
Então, CZ continuo dizendo que, embora o alvo tenha sido a rede social, o incidente destaca um problema maior. Segundo ele, com o aumento da adoção de criptomoedas, as plataformas de redes sociais e internet precisam melhorar sua segurança.
“As plataformas da Internet não são mais apenas para selfies, são usadas para transferir valor”, observou.
Ele justificou que, atualmente, a maioria das plataformas não está equipada para lidar com criptomoedas de forma segura. No entanto, o Twitter foi o alvo porque tem uma comunidade de criptomoedas mais ativa.
“Mas o Twitter não está sozinho. A maioria das outras plataformas possui medidas de segurança relaxadas, sem 2FA, sem suporte à chave de hardware U2F. O Google é provavelmente o mais forte em termos de segurança da conta, mas ainda permite anúncios fraudulentos em seus resultados de pesquisa e redes. YouTube é um pesadelo”, tuitou.
CZ disse que essas plataformas precisam migrar para uma arquitetura de segura de confiança zero (zero trust). Portanto, que nem os funcionários internos comprometidos possam controlar as contas.
Além disso, o CEO da Binance ponderou que a sociedade também precisa aprender a se proteger, considerando os avanços da inovação.
“Incidente infeliz” positivo para as criptomoedas
CZ ainda disse que, olhando pelo lado positivo, o “incidente infeliz” é positivo para as criptomoedas. Já que, segundo ele, isso aumenta a conscientização sobre a necessidade de mais segurança nas plataformas da Internet. Algo que a indústria está pedindo há um tempo.
Ele ainda fechou a série de tuítes afirmando sentir-se privilegiado por ter sua conta invadida junto à de outras pessoas famosas.
“Mas da próxima vez, prefiro ir em segundo. Fiquei louco de preocupação até o segundo cara aparecer”, concluiu.
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