O protocolo de finanças descentralizadas Launch Zone pediu que os usuários revogassem todas as permissões de seus contratos. De acordo com o aviso do protocolo no Twitter, as revogações precisam ocorrer nas próximas 72 horas, ou seja, até a próxima segunda-feira (6).
“Pedimos a revogação de todos os contratos Dapp com o Launch Zone, necessária em 72 horas para mitigar possíveis riscos futuros Para evitar possíveis riscos futuros, pedimos aos usuários que revoguem todos os contratos envolvidos com o protocolo, incluindo LZ Swap, LZ Pad, LZ Pool, LZ Platinum, LZ v\Vesting, LZ Wallet, PoolX, PadX, EzDefi”, disse a equipe do LZ Finance.
Os riscos em questão dizem respeito a um ataque hacker que o protocolo sofreu no final de fevereiro, que retirou 80% da liquidez do Launch Zone. A equipe paralisou os saques, mas as carteiras do protocolo ainda correu o risco de perder fundos.
Entenda
Em 27 de fevereiro, o Launch Zone sofreu um grande ataque hacker, levando a uma queda catastrófica no valor de seu token nativo (LZ). O ataque praticamente fez o token desabar de preço e perder todo o seu valor.
Inicialmente, o protocolo alertou as pessoas para não comprarem token e dizia que sua equipe estava lidando com a situação. Em seguida, o Launch Zone interrompeu a negociação e a transferência do LZ até que possa resolver o problema.
O token caiu de US$ 0,15 para US$ 0,003 antes de se recuperar ligeiramente para US$ 0,026, de acordo com o CoinGecko. Até a publicação deste texto, o preço do token se mantém nessa faixa de preço.
Já o valor de mercado do LZ desabou: era mais de US$ 1 milhão antes do ataque, mas caiu para menos de US$ 40 mil. Os usuários despejaram milhões de LZ no mercado para venda, o que causou a correção forte em seu preço.
O hacker explorou uma falha no protocolo e supostamente drenou mais de 80% do pool de liquidez. Os 20% restantes foram vendidos pelos usuários durante o pânico após o ataque.
Risco de novos ataques
Em números absolutos, os dados compartilhados pela Launch Zone mostram que o hacker roubou cerca de US$ 400 mil em LZ e US$ 88 mil em BUSD. No entanto, uma investigação mais aprofundada revelou que o explorador roubou cerca de US$ 700.000 no total. Mas não ficou claro quais outras criptomoedas ele conseguiu roubar.
Não está claro quantos tokens o hacker conseguiu trocar e transferir antes que o protocolo interrompesse a negociação. Outro problema é que algumas carteiras, bem como os pools do protocolo, ainda correm risco de sofrer novos ataques.
- Leia também: Magalu fecha parceria para começar a vender Bitcoin
Por isso, a equipe do protocolo determinou que os usuários retirem qualquer permissão de contratos, para impedir que hackers possam explorar falhas e roubar mais fundos.