A World Liberty Financial, projeto cripto apoiado pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, distribuiu a stablecoin USD1 a participantes da venda do token WLFI, de acordo com dados reportados por plataformas de análise on-chain como Lookonchain e SlowMist.
Na noite de terça-feira (03), uma carteira vinculada ao projeto enviou 47 tokens USD1 para cada endereço que detinha WLFI, conforme mostram registros na blockchain Ethereum via Etherscan. A distribuição ocorreu em uma única transação em massa. Mais de 85 mil carteiras participantes da venda de WLFI passaram por processo de verificação de identidade (KYC), conforme informou a própria World Liberty em março.
Apesar de não ter havido anúncio oficial da distribuição, o projeto havia divulgado anteriormente a intenção de realizar um airdrop com “pequena quantidade” de USD1 para os detentores de WLFI. Segundo o documento da proposta, a ação serviria para testar a funcionalidade de airdrop on-chain via Ethereum. Ao mesmo tempo, a ideia era promover a stablecoin recém-lançada, como forma de agradecimento à comunidade.
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Projeto cripto apoiado por Trump faz airdrop discreto
Em abril, o projeto cripto apoiado por Trump submeteu a proposta de airdrop à votação por snapshot, que obteve apoio de 99,96% dos participantes.
A stblecoin USD1 chegou ao mercado em março, com a promessa de ser totalmente lastreada em ativos seguros como títulos do Tesouro dos EUA de curto prazo, depósitos em dólar e equivalentes de caixa. O lançamento ocorreu em meio a debates regulatórios intensos sobre stablecoins nos EUA, com o avanço do projeto de lei GENIUS Act, que propõe requisitos de segurança e transparência para emissores de stablecoins. No Brasil, a stablecoin está disponível na Binance.
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O apoio declarado de Trump à tokenização do dólar tem impulsionado o interesse no setor, com stablecoins lastreadas em dólar superando US$ 250 bilhões em capitalização de mercado recentemente.
Entretanto, a participação de Trump e seus filhos na World Liberty gerou preocupações sobre possíveis conflitos de interesse. De acordo com o white paper do projeto, Trump e seus três filhos possuem papéis como embaixadores ou defensores da iniciativa.
Em abril, os advogados da World Liberty responderam às acusações do senador democrata Richard Blumenthal, que havia afirmado que a família Trump se beneficiava financeiramente com o projeto. De acordo com a equipe jurídica, a alegação era “fundamentalmente falha”.
Outro ponto de atenção é a centralização do token USD1. Dados da Dune Analytics indicam que duas carteiras controlam 84,4% da oferta total. Enquanto isso, uma terceira detém 9,5% dos tokens em circulação. Não está claro se essas carteiras estão sob controle direto da World Liberty Financial, de investidores como Justin Sun, ou de custodientes como a BitGo.