Em 27 de julho deste ano, Wu, morador da província chinesa Henan, abriu uma acusação junto à polícia local sobre ter sofrido um possível roubo de 118.31 Bitcoins, montante avaliado em mais de 3,4 milhões de yuans na época, o equivalente a US$ 519.214. O acusado era um programador que desenvolveu um esquema de carteira de Bitcoin fraudulenta.
Wu, que se diz ser um investidor profissional em Bitcoin, entrou no universo da moeda digital em 2016. No início de 2017, ele foi convidado para um grupo de investidores de Bitcoin no Wechat, um popular aplicativo de mensagens chinês. Em seu relato à polícia, Wu disse que o moderador do grupo, chamado Dai, freqüentemente compartilhava links de notícias sobre corretoras de criptomoedas sendo pirateadas alertando os membros do grupo sobre os perigos de manter criptomoedas em corretoras. Wu confiou em Dai e o adicionou como amigo, porém a partir disso iniciou-se um pesadelo.
O moderador enviou uma aplicação para Wu para gerar um novo endereço de carteira Bitcoin. A vítima baixou o aplicativo e transferiu todos os seus 188.31 Bitcoins para o novo endereço. Wu só percebeu a sua perda uma semana depois e ao exigir conhecer Dai pessoalmente, a vítima foi rejeitada e recebeu do criminoso cerca de US$ 1.800 de consolação, que disse: “Eu sinto muito por você. E como eu te recomendei a carteira, deixe-me pagar-lhe 120 mil yuans como um gesto de boa vontade“.
O “ato de bondade” do criminoso fez com que Wu considerasse a atitude suspeita e o levou a denunciá-lo. A polícia identificou Dai como suspeito e em 9 de agosto ele foi preso em Xangai, maior cidade da China, e teve uma série de laptops e 27 cartões de crédito apreendidos em seu quarto. Em um dos computadores, a polícia identificou uma carteira de Bitcoin idêntica àquela baixada por Wu.
Durante um interrogatório da polícia, Dai admitiu o crime. Dai era programador, e ele criou uma carteira de Bitcoin genuína, escrevendo um pequeno programa que transfere automaticamente nomes de contas e senhas de usuários.
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Uma vez que alguém baixava e enviava Bitcoin para esta carteira, Dai simplesmente realizava a transferência dos ativos para sua própria carteira e vendia nas corretoras de criptomoedas imediatamente. O criminoso cometeu três roubos dessa forma, envolvendo mais de US$ 3 milhões.