Um grupo de bancos e reguladores, incluindo grandes nomes como o BNP Paribas e o Deutsche Bank, conduziram uma avaliação de um aplicativo de conformidade de conhecimento de cliente (KYC, na sigla em inglês) construído sobre a plataforma blockchain Corda do consórcio R3, um consórcio que reúne os principais bancos e instituições financeiras de todo o mundo
Os 39 participantes colocaram o aplicativo – construído pela empresa de tecnologia Synechron, sediada em Nova York, EUA – em um teste de quatro dias usando 45 nós no Microsoft Azure, de acordo com um comunicado de imprensa. Em última análise, o grupo conseguiu realizar mais de 300 transações em 19 países em oito fusos horários distintos.
O design do aplicativo visa permitir que os clientes das empresas criem e mantenham suas próprias identidades, bem como permitir que eles aprovem ou rejeitem solicitações de acesso de bancos. Quando os clientes atualizaram seus dados no teste, isso foi atualizado automaticamente para todos os bancos com permissão de acesso.
O grupo R3 disse no comunicado:
“Processos KYC tradicionais são complexos e muitas vezes duplicativos. Esse modelo permite que os clientes corporativos criem e gerenciem suas próprias identidades, incluindo documentação relevante, e concedam permissão a múltiplos participantes para acessar esses dados.”
De acordo com o R3, isso pode levar à uma maior eficiência e a custos mais baixos para as instituições financeiras, “eliminando a necessidade de cada instituição atestar e atualizar individualmente os registros de KYC”. O modelo também poderia ajudar a evitar problemas de privacidade e segurança de dados, uma vez que apenas as partes com a necessidade de ver os dados terão acesso a elas, e somente as que tiverem permissão do cliente.
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“Este projeto não apenas demonstra como a blockchain pode permitir que instituições mantenham o controle e gerenciem sua própria identidade”, disse David Rutter, CEO do R3, “mas também valida as escolhas de projeto que fizemos em nossa abordagem à privacidade na Corda”.
Também participaram do estudo o ABN AMRO, o Societe Generale, o China Merchants Bank, o ING, o Raiffeisen e muitos outros. Enquanto isso, os reguladores e bancos centrais participantes incluíam o Banco Central da Colômbia, a Reserva Federal de Boston e a Superintendência de Bancos e Seguros do Peru.