Recentemente, a Estônia, país localizado na costa do Mar Báltico e próximo à Rússia, anunciou planos para a criação de uma moeda virtual própria, que ficou conhecida como Estcoin. Trata-se de mais uma inovação de um país que já implementou um serviço de residência e abertura de empresas online (e-Estonia) e que, em 2015, reconheceu a Bitnation como um país soberano, realizando até uma parceria para o desenvolvimento de um sistema de registros públicos.
O conceito da Estcoin faz muito sentido. A emissão de uma moeda digital nacional destinada aos participantes do e-Estonia pode trazer novas e excitantes oportunidades no futuro. A utilidade de tal moeda permaneceria bastante limitada, pois elas não seriam usadas em qualquer negociação. No entanto, a ideia da Estcoin não teve a simpatia de todas as pessoas. Entre os descontentes, encontra-se Mario Draghi, presidente do Banco Central Europeu (BCE), entidade que coordena as políticas monetárias da zona do euro – da qual a Estônia faz parte.
Em uma recente conferência de imprensa, Draghi abordou o conceito da Estcoin. A pergunta surgiu durante a conferência de imprensa e, aparentemente, já era esperada por Draghi. Ao responder a pergunta, ele declarou que nenhum estado membro (da zona do euro) pode introduzir sua própria moeda, já que a moeda da zona do euro ainda é o euro. Esse comentário não deixa nenhuma margem para dúvidas, pois indica que a Estcoin já pode morrer antes mesmo de ter nascido.
Considerando que a Estônia é membro da União Europeia desde 2004, o país deve respeitar a legislação. Isso significa que apenas o euro pode ser usado para pagamentos e transações. No entanto, com vários países experimentando o conceito de criação de moedas digitais nacionais, parece que a mudança é apenas uma questão de tempo. A Estônia pode ter uma vantagem competitiva nessa área, graças à sua infraestrutura digital avançada. Além disso, o programa e-Estonia também atraiu muita atenção positiva.
Dada a declaração recente de Draghi, é preciso questionar se a Estcoin vai ou não vingar. Este grau de resistência institucional não é nada novo no mundo das moedas digitais. O BCE, em particular, tem o hábito de sufocar tal inovação sempre que possível. É seu objetivo manter o controle sobre a política monetária na zona do euro. Caso ele falhe nisso, pode abrir portas para que outras moedas surjam e possam tomar o lugar da moeda única.
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A fala de Draghi poderia significar o fim da Estcoin como um todo, embora não esteja certo que será o caso. O projeto ainda pode continuar como planejado, especialmente considerando que muitos especialistas declararam que o próprio euro morrerá mais cedo ou mais tarde. As coisas podem chegar a esse ponto, talvez não em um futuro próximo, mas é certamente possível. O BCE pode, inclusive, ser forçado a introduzir um euro baseado em blockchain, embora esse plano ainda esteja mais no campo da teoria do que da prática.
Criar uma moeda digital nacional é sempre uma tarefa muito complicada, para dizer o mínimo. Considerando como essas moedas poderiam rivalizar com moedas fiduciárias de uma forma ou de outra, os bancos as vêem como uma grande ameaça. No entanto, vale ressaltar que projetos como a Estcoin não são criados para competir diretamente com o euro. São moedas complementares, que, inicialmente, serão utilizadas apenas por algumas pessoas. Não há motivos para se opor a essa inovação. Será interessante observar os avanços da Estcoin nos próximos meses.
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