Ilan Goldfajn, presidente do Banco Central do Brasil, acredita que a tecnologia Blockchain tem um futuro brilhante para os bancos centrais mundiais.
Em entrevista ao jornal O Globo, o chefe da instituição financeira reconhece a inovação e o potencial da Blockchain como positivos, mas alerta que os bancos centrais não têm interesse no Bitcoin.
O Bitcoin é uma moeda virtual que usou uma tecnologia fantástica que é a Blockchain. Os bancos centrais querem a tecnologia e não querem a moeda, disse Goldfajn.
Para o presidente, as criptomoedas apresentam alguns problemas que não agradam os bancos centrais, como a “possibilidade de esconder transações que não podem ser vistas à luz do dia” e “a ideia de que as criptomoedas sirvam como pirâmides“.
O Banco Central não reconhece o Bitcoin como moeda e tampouco acredita que essa tecnologia deveria ser regulada no estágio atual. Durante audiência pública da Comissão Especial da Câmara dos Deputados destinada a discutir a regulamentação das moedas digitais, realizada no final de agosto, o consultor do departamento de regulação do sistema financeiro do Banco Central do Brasil Mardilson Fernandes Queiroz afirmou categoricamente que a instituição é contra a proposta dos deputados de incluir as moedas digitais dentro do escopo de arranjos de pagamentos definido pela Lei 12.865/2013.
Em sua explanação, Queiroz afirmou que o banco não encontrou elos nas dimensões jurídica e econômica que pudessem caracterizá-las como moeda. “Na dimensão jurídica, não tem o condão de ser moeda de curso forçado, nem lastro na moeda soberana, que é o real. Na dimensão econômica, ela pode até ter reserva de valor, mas podemos citar vários ativos que também podem ter, como uma casa ou apartamento. Como meio de pagamento, já restringe bastante os ativos possíveis de serem aceitos dentro de uma sociedade para ser utilizadas como meio de troca. Elas também não preenchem a função de unidade de conta“, explicou o representante naquela ocasião.
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