“As criptomoedas não são inimigas do mercado de capitais”. Foi o que afirmou, na abertura do evento Anbima Summit, o presidente da Comissão de Valores Mobiliários (CVM), João Pedro Nascimento.
De acordo com reportagem do Valor Econômico, Nascimento também observou que o setor de cripto ainda desperta preconceito. Isso porque ainda está envolvido em polêmicas.
No entanto, o presidente da CVM destacou que o segmento de criptomoedas conta com agentes e participantes “muito bons”. “Precisamos trazer esses participantes para o mercado regulado”, ressaltou.
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CVM apoia criptomoedas
Para Nascimento, as criptomoedas podem atrair um novo perfil de investidor, com oportunidades inovadoras. Conforme apontou ele, os ativos digitais são um dos quatro pilares de atuação da CVM. Os outros três são: agronegócio, as finanças sustentáveis e as Sociedades Anônimas de Futebol (SAFs).
Nascimento também destacou, em sua fala sobre a proposta de agenda da atuação da CVM, a tokenização de ativos, proporcionada pela tecnologia dos ativos digitais, a blockchain.
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A tokenização é, de fato, um dos focos atuais na CVM. Em junho deste ano, conforme noticiou o CriptoFácil, a autarquia informou que iria editar novas normas que afetam tokenização no Brasil.
A autarquia afirmou ainda que a Agenda Regulatória da CVM para 2023 prevê o desenvolvimento de um novo marco regulatório para a criação e administração de mercados organizados de valores mobiliários, inclusive tokenizados.
Na mesma ocasião, Nascimento reforçou a importância de um diálogo amplo com o mercado de criptoativos, sobretudo com iniciativas que visam a tokenização de valores mobiliários.
Ainda com a intenção de estabelecer um diálogo com o mercado de criptoativos, em maio deste ano, a CVM aprovou um acordo com a Associação Brasileira de Criptoeconomia (ABCripto). O objetivo é impulsionar a educação financeira e promover as tecnologias financeiras emergentes.
De acordo com a autarquia, o acordo com a ABCripto foca no desenvolvimento de ações educacionais e materiais informativos voltados para a população. Os temas incluem, por exemplo, finanças descentralizadas (DeFi), criptoeconomia, blockchain e investimentos em ativos digitais.
A ABCripto é uma entidade que busca unir empresas do ecossistema dos criptoativos e blockchain para a interlocução com o poder público. Além disso, a entidade atua para executar ações em prol do desenvolvimento tecnológico e da inovação.