Parece que muitas das previsões otimistas sobre o preço do Bitcoin começaram a cair em desuso. Cotada na faixa dos US$8 mil dólares (até o fechamento deste artigo), a criptomoeda já começa a vivenciar a reversão das suas previsões de preço. Nomes como Warren Buffett manifestaram ceticismo sobre o futuro do Bitcoin, enquanto Stefan Hofrichter, líder global de economia da seguradora Allianz, chegou a citar que o preço do ativo iria chegar até zero. Entretanto, ainda existem nomes de peso que acreditam em uma visão de longo prazo e em um preço muito maior para a moeda digital. É o caso de Tom Lee, fundador do instuto de pesquisa Fundstrat, empresa especializada em pesquisa sobre investimentos. Após complicarem diversos dados e gráficos de curto e longo prazo, Lee e a Fundstrat cravaram uma previsão otimista: o Bitcoin alcançará US$91 mil dólares em março de 2020.
Sangue a curto prazo, vitória a longo prazo
Além das tendências de gráficos, alguns dos dados compilados envolveram custos com mineração, tendências de negócios e de adoção da moeda digital, e mais análises de gráficos de curto e longo prazo.
Lee produziu uma tabela com uma compilação de quatro grandes quedas de preço do Bitcoin, desde 2010. Ele analisou que sempre que as quedas ocorriam, se sucediam momentos de enorme valorização do ativo, retornos esses que, em sua quase totalidade, superavam os retornos médios de qualquer ativo existente no mercado.
Quem investiu em Bitcoin a partir de 2013/2014 certamente acompanhou parte dessa tendência, uma vez que três dessas quatro quedas ocorreram após esse período. Após as recentes quedas no mercado, os dados acima podem significar uma esperança para quem está entrando ou pensando em entrar no mercado de Bitcoin.
Riscos
Entretanto, o texto de Lee, publicado no site da revista Forbes, também alerta para os riscos de manutenção do criptoativos no portfólio, e também os riscos relacionados à confiança nessas previsões.
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O primeiro alerta feito por Lee foi em relação a sua própria análise, que, segundo ele, é passível de falhas. Já o segundo alerta é sobre o alto risco envolvendo criptomoedas. Por serem ativos ainda voláteis, estão sujeitos a mudanças de preços que, muita vezes, não derivam dos fundamentos do ativo, mas simplesmente de notícias – que podem ser verdadeiras ou não.
Basta lembrar que, recentemente, um simples pronunciamento da Comissão de Valores Mobiliários (SEC, na sigla em inglês) dos Estados Unidos foi o bastante para que o preço do Bitcoin caísse. Embora essa volatilidade possa ter diminuído, ela ainda existe. Assim como o risco regulatório.
Isto posto, também é necessário chamar atenção para o lado positivo, uma vez que os países tendem a mostrar-se cada vez mais abertos a implementaçnao de regulamentações positivas ao invés de proibir o uso do Bitcoin. O encontro do G20 na Argentina, realizado nesta semana, mostra que a grande maioria dos países está discutindo formas de regulamentar o mercado, mas praticamente todos concordam em discordar que o melhor caminho seja a proibição do mercado de criptomoedas.
Portanto, vamos aguardar e conferir se a previsão de Tom Lee se concretizará ou se entrará no rol de previsões malfadadas – sejam positivas ou negativas – sobre o Bitcoin.