O Porto de Santos, que concentra aproximadamente 67% do produto interno bruto (PIB) do país, tornou-se um dos parceiros da IBM e da Maersk na plataforma TradeLens. Agora, com o porto brasileiro, a plataforma já integra cerca de 50 portos na América Latina e a IBM já conversa com a Organização Mundial das Aduanas para ampliar a atuação de sua ferramenta.
“Com os cinco das seis principais transportadoras de contêineres do mundo – representando menos da capacidade da embarcação global – a plataforma permite a colaboração entre comerciantes associados, gerando mais eficiência e insights para as empresas globais de comércio, graças à digitalização dos fluxos comerciais”, diz o comunicado sobre a parceria.
Antes de aderir à TradeLens, uma comitiva do Porto de Santos, junto com integrantes do executivo e do legislativo da cidade fizeram uma visita técnica ao Porto de Houston, um dos complexos marítimos norte-americanos que mais cresce na movimentação de cargas, que evidenciou a importância do desenvolvimento tecnológico para a expansão do setor. E também mostrou que os trabalhadores devem se preparar para esta nova realidade, de modo a aproveitar as oportunidades do segmento.
Segundo o Banco Interamericano de Desenvolvimento, cerca de 90% do comércio mundial tem origem portuária. Além disso, a Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe indica que em 2018, a atividade dos principais portos de contêineres da América Latina superou os 53 milhões de TEUs (unidades equivalentes a vinte pés), incluindo 10% da produção mundial.
“No final das últimas décadas, a região viveu um avanço na operação de seus portos, incrementando a eficiência operacional em mais de 20%. Apesar disso, ainda estamos longe dos países mais avançados. Estamos trazendo a TradeLens para a região para continuar neste caminho de crescimento, usando a blockchain da IBM em conjunto com a IBM Cloud para levar a América Latina a ser competitiva no comércio mundial”, comentou Natalia de Greiff, VP Cloud & Cognitive América Latina.
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