A polícia do Rio de Janeiro prendeu na segunda-feira (11/8) Thiago Júlio Galdino, suspeito de integrar a organização criminosa de Glaidson Acácio dos Santos, conhecido popularmente como ‘Faraó do Bitcoin’.
A Delegacia de Roubos e Furtos de Automóveis (DRFA) fez a prisão no Parque São Bento, em Duque de Caxias.
Thiago é apontado como participante de homicídios e tentativas de homicídio em 2021, na Região dos Lagos. As vítimas seriam concorrentes da GAS Consultoria, empresa que Glaidson usava em seu esquema de pirâmide financeira com criptomoedas.
Faraó do Bitcoin movimentou bilhões com pirâmide cripto
A GAS Consultoria teria movimentado cerca de R$ 38 bilhões, segundo investigações. Portanto, acabou se mostrando um competidor de peso contra corretoras de criptomoedas legítimas.
A fachada era de uma operação de trade de criptomoedas legítima. No entanto, o caso acabou se caracterizando como mais um caso de pirâmide financeira.
Glaidson foi preso em 2021, na Operação Kryptos, e desde 2023 cumpre pena no presídio de Catanduvas (PR). O Ministério Público do Rio determinou sua transferência para fora do Rio de Janeiro após identificar que ele seguia comandando a quadrilha de dentro da prisão.
Sua esposa, Mirelis Yoseline Dias Zerpa, foi presa em Chicago (EUA) em janeiro de 2024 e deportada em junho deste ano. Pessoas próximas ao casal afirmam que Glaidson cuidava das negociações, enquanto Mirelis administrava o dinheiro.
Acusações incluem crimes violentos
As autoridades já apreenderam 591 BTC, carros de luxo e mais de R$ 13 milhões em espécie ligados ao grupo.
Em 2023, a GAS foi alvo da CPI das Pirâmides, onde Glaidson se envolveu em discussões acaloradas com parlamentares. Em meio ao bate-boca, um parlamentar chegou a acusá-lo de ser ‘um dos maiores bandidos da história do sistema financeiro nacional’.
No entanto, as ações do grupo criminoso não se limitavam a operações financeiras ilegais. Afinal, investigações apontam que Glaidson liderava ações de monitoramento e assassinato de concorrentes.
Áudios obtidos pela polícia reforçam a tese de que a eliminação de competidores era parte da estratégia para manter o controle sobre o esquema ilegal.
Em junho deste ano, também veio a público que Glaidson teria compartilhado seu conhecimento sobre criptomoedas com o Comando Vermelho.
Best Wallet ajuda usuários a encontrar projetos sérios de criptoativos
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