A Polícia Militar do Rio Grande do Sul desmontou um suposto esquema de mineração de criptomoedas que era utilizado por traficantes de drogas em Porto Alegre. Segundo um vídeo divulgado pelo portal G1, os criminosos usavam três rigs de mineração supostamente minerando Ethereum, cada uma contendo de 5 a 6 GPUs, e cerca de 14 ASICs supostamente minerando Bitcoin.
Todos os equipamento estavam instalados no fundo de uma casa no Morro da Embratel quando a polícia abordou um segurança que cuidava dos equipamentos que estavam instalados de maneira altamente precária com fios pendurados em todos os lados. Ainda segundo a reportagem, havia um sistema de refrigeração para manter a temperatura do ambiente baixa e os criminosos tinham feito um “gato” para roubar energia.
Uma arma com numeração raspada e uma motocicleta com as placas clonadas foram apreendidas junto com o segurança e os equipamentos. Para o delegado Thiago Benneman, trata-se da primeira descoberta de um laboratório dessa forma no Rio Grande do Sul.
De acordo com o G1, o suspeito era monitorado pela polícia. Segundo Benneman.
“Chama atenção a estrutura [do local] com refrigeração para manter o laboratório na temperatura adequada.”
Para o delegado Adriano Nonnemacher, os valores gerados pela estrutura possivelmente eram usados para lavar dinheiro ou para pagar fornecedores de drogas e armas, inclusive fora do país, o que, tendo em vista o montante em criptomoedas que possivelmente pode ser gerado pelas máquinas, pode não ser comprovado posteriormente.
Um homem que se apresentou como dono do local e negou ter envolvimento em crimes foi autuado em flagrante pelo delito. No total, os investigadores estimam que o equipamento encontrado custe em torno de R$150 mil. O homem preso tem antecedentes por tráfico e homicídio de um policial militar, entre outros crimes. A polícia trabalha para descobrir quem mais estaria envolvido com o laboratório.
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