Pouco mais de um mês após paralisar os saques, a plataforma de poupança e empréstimo de criptomoedas Delio, com sede na Coreia do Sul, mergulhou em uma crise mais profunda.
De acordo com um blog local, autoridades da Coreia do Sul realizaram uma apreensão de bens da Delio na semana passada, em 18 de julho. Como resultado da operação, a empresa supostamente interrompeu suas operações completamente.
Segundo a empresa, as ações do regulador sul-coreano tornaram “difícil para a empresa fornecer serviços normais”. A Delio também destacou a necessidade de evitar a dispersão dos bens da plataforma no interesse dos depositantes. Ou seja, supostamente impedir que os fundos dos clientes se espalhassem, dificultando um eventual reembolso.
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Empresa de criptomoedas pausa serviços
No seu comunicado oficial, a Delio levantou preocupações sobre sua capacidade de funcionar normalmente depois da ação da Comissão de Serviços Financeiros da Coreia do Sul (FSC). Conforme explicou a empresa, o regulador confiscou todos os ativos de propriedade dos clientes e da empresa, bem como outras carteiras e livros contábeis.
A Delio era um jogador importante no ecossistema de criptomoedas sul-coreano. No entanto, a empresa tinha parceria com a Haru Invest, outra plataforma de empréstimos do país. Quando esta paralisou os saques, a Delio informou que “precisou tomar a mesma atitude”.
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A empresa de empréstimos suspendeu temporariamente os saques a partir de 14 de junho, citando o aumento da volatilidade do mercado e a confusão dos investidores. Isto é, uma corrida de saques por causa do que aconteceu com a Haru Invest. Na tentativa de impedir uma perda total de liquidez, a Delio fechou os saques.
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Sem previsão
A Delio disse ainda que está focada em proteger os ativos dos clientes sob sua custódia e acrescentou que os saques permanecerão suspensos até que o problema seja resolvido. Ou seja, não há uma data para que a empresa libere os saques das criptomoedas aos clientes.
No entanto, o executivo-chefe da Delio, Jung Sang-ho, revelou que a plataforma de empréstimos retomaria as retiradas. Sang-ho garantiu que a empresa possui todos os fundos que deve a todos os clientes. Só que nenhum outro cronograma foi compartilhado em relação aos serviços suspensos.
A decisão de interromper abruptamente as retiradas atraiu reação da comunidade enquanto a FSC lançava uma investigação sobre as atividades da empresa devido a acusações de fraude, peculato e quebra de confiança. O regulador ainda não informou o que pretende fazer com os bens apreendidos da Delio.
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