O administrador de reestruturação da extinta exchange Mt. Gox, Nobuaki Kobayashi, informou que obteve na Justiça japonesa a extensão do prazo para a apresentação de planos de reabilitação da companhia.
De acordo com um anúncio oficial publicado no site da exchange na segunda-feira, 30 de março, Kobayashi apresentou uma moção ao Tribunal Distrital de Tóquio para estender o prazo de envio de um plano de reestruturação que estabelece as regras para o pagamento dos credores da empresa. No dia 27 de março, o tribunal emitiu uma ordem determinando a prorrogação do prazo para 1º de julho de 2020.
Essa é a segunda vez que o plano é adiado: a empresa recebeu uma extensão semelhante em abril de 2019, que atrasou o prazo para outubro daquele ano. O processo chegou a ser paralisado em fevereiro de 2019 por conta de uma reivindicação bilionária.
O plano de reestruturação é extremamente importante, pois após o seu envio os detentores de criptomoedas e moedas fiduciárias que estavam custodiadas pela Mt. Gox podem receber parte de seus fundos de volta. No entanto, a redação do anúncio é vaga, citando “assuntos que exigem um exame mais detalhado em relação ao plano” como a razão do atraso.
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A decisão do Tribunal Distrital de Tóquio ocorreu no dia anterior à implementação de um “isolamento suave” na capital pelo prefeito Yuriko Koike, de 28 a 29 de março, devido à pandemia de Covid-19. Ao contrário de outros países, o Japão não estabeleceu uma quarentena geral para os serviços não-essenciais, embora hajam rumores de que o país começará a aplicar medidas mais rigorosas para impedir a disseminação da doença.
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