O PIX, sistema de pagamentos instantâneos do Banco Central (Bacen), foi inaugurado na última quinta-feira (5).
No entanto, Roberto Campos Neto – presidente do Bacen – acredita que a utilidade do sistema vai além dos pagamentos.
Dessa maneira, na visão de Campos Neto, o PIX acaba suprindo a necessidade dos usuários das criptomoedas.
Sem necessidade de criptomoedas?
O presidente do Banco Central concedeu uma entrevista ao canal “Me Poupe” do YouTube:
A conversa, comandada por Nathalia Arcuri, teve o PIX como o assunto principal.
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Assim, uma das primeiras questões discutidas foi sobre a relação entre o sistema do Bacen e as criptomoedas:
“Olhando o que estava acontecendo no mundo, essa demanda por criptomoeda, as stablecoins – tem as ‘com lastro’, tem as ‘sem lastro’ – essas moedas, de uma forma geral, digitais, a gente entendeu: o que as pessoas queriam? Por que elas estão fazendo negócios com Bitcoin?”, perguntou Campos Neto de forma retórica.
Na sequência, ele continuou:
“Porque as pessoas demandavam uma forma de pagamento que fosse rápida, barata, transparente, segura e aberta. A gente entendeu que tinha uma demanda para algo nesse sentido”, ponderou o economista.
Depois, Campos Neto explicou como, na sua visão, o PIX substitui a necessidade por criptomoedas:
“Se o mundo inteiro fosse um país e, se, nesse país, nós tivéssemos um sistema de pagamentos instantâneos com todas essas características, as pessoas teriam demanda por outro tipo de moeda eletrônica?
A resposta é: provavelmente, não. Se você atende todos os componentes da demanda, você consegue substituir um produto pelo outro”, afirmou o presidente do Bacen.
Conforme se verifica, as autoridades do Bacen tiveram as criptomoedas em consideração na hora de elaborar o PIX.
Criptomoedas não são apenas um sistema de pagamentos
Apesar da visão de Campos Neto, o Bitcoin (BTC) e as demais criptomoedas têm várias funções.
As criptomoedas também podem ser utilizadas como um ativo de reserva, como ocorre com o próprio Bitcoin.
Além disso, há criptomoedas voltadas para as transações eletrônicas, como é o caso do XRP e do Bitcoin Cash (BCH).
A blockchain do Ethereum é utilizada com frequência para a elaboração de ativos e de aplicativos descentralizados (dApps).
Por fim, há criptomoedas que prezam pelo anonimato das transações, como é o caso da Monero (XMR) e da Zcash (ZEC), além de outros criptoativos destinados a propósitos distintos.
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